Descrição:

Segundo Melo Morais, o nome da rua deve-se à quitanda de mariscos e outras comidas existentes na esquina da Rua da Alfândega. Entre a rua do Ouvidor e a Rua do Hospício havia o “Canto dos Meirinhos”, citados nas “Memórias de Um Sargento de Milícias”. A esquina com a Rua do Ouvidor era o “Canto do Tabaqueiro”, quando nela prosperava o comércio de tabaco.

Em 1888 deixou de ser oficialmente Rua da Quitanda para tornar-se João Alfredo, o chefe do gabinete que obteve do Parlamento a Lei Áurea. Entretanto a denominação não foi aceita pelo povo e o nome da rua passou a ser, novamente, Quitanda. Primeiro exemplar da arquitetura urnaba das últimas décadas do século XIX. No entablamento superior lê-se a indicação “Era 1872”. A fronteira é estreita e alta. O prédio tem três pisos e, em cada um, três vãos. O pavimento térreo, originalmente revestido de cantaria e com vãos de arco pleno, está deformado por novo tratamento para uso comercial. Nos pisos superiores as guarnições dos vãos, as bacias e as mísulas das sacadas corridas são de cantaria.

O revestimento das paredes é de azulejo estampilhados e os guarda-corpos são de ferro fundido. A cimalha de coroamento, em cantaria, segue a ordenação clássica e serve de apoio à beirada do telhado, feito com telhões de louça azul e branca, procedentes do porto.

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