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A coluna de hoje é sobre um dos assuntos do momento, que tem gerado muita dúvida: dieta low carb. E já que a pauta é regime, peço ajuda para minha nutricionista querida Thais Ottoni.

 

No fundo, não se trata de uma dieta, mas de uma estratégia nutricional que consiste apenas na redução do carboidrato – nutriente presente em grande quantidade em alimentos como pães, massas e raízes – da alimentação habitual. Essa diminuição pode acontecer em diversos níveis. Ou seja, uma estratégia low carb pode ter o consumo de carboidrato diário variando entre 20g e 130g. Esse cálculo pode ser feito também em porcentagem: os carboidratos devem representar entre 5% e 44% do valor energético total do dia _  a recomendação normal seria de 45% a 55%. Isso permite que a alimentação seja adotada nas mais diferentes configuraçãoes, dependendo do objetivo de cada paciente. .

 

O low carb ganhou força nos anos 2000, quando a famosa dieta Atikins surgiu com milhões de adeptos. Com o passar dos anos, por mostrar cada vez mais eficácia na perda de peso e regulação de mecanismos voltados ao controle da glicemia sanguínea, ela foi ganhando novas versões até chegar na mais atual, batizada de low carb high fat _ reduzir os alimentos ricos em carboidratos e aumentar as fontes de gordura.

 

Além do resultado na balança, existem ainda outros desdobramentos positivos deste tipo de alimentação, como por exemplo o controle de patologias relacionadas ao excesso de gordura. Se antes ela era associada a problemas cardiovasculares, hoje, pesquisas dão conta que o contrário é verdadeiro.

 

Ao substituir refeições recheadas de carboidratos e produtos ultraprocessados por alimentos mais próximos do natural e ricos em gorduras próprias, o organismo se depara com uma regulação mais fina e precisa dos mecanismos de fome e saciedade. Com isso o consumo calórico é menor.

 

Pode parecer estranho, mas a principal causa do aumento de triglicérides [moléculas de gordura] é principalmente o excesso de carboidratos. E podemos ir além: o menor estimulo na secreção de insulina – principal hormônio que gerencia o armazenamento de gordura corporal – tem efeito significativo na redução de esteatose hepática [gordura no fígado], no controle dos níveis de colesterol LDL [o ruim] e aumento do HDL [bom].

 

Outra dúvida muito frequente que surge no consultório é sobre quais alimentos devem sair do cardápio durante uma dieta restrita em carboidratos. Isso é bem variável. Como já comentamos no início, o que vai definir se você esté em uma estratégia low carb ou não é a quantidade consumida de carboidratos ao longo de todo o dia, e não classificar alimentos como tal. Para facilitar a didática e autonomia na escolha, definimos os alimentos com carga glicêmica maior [que possuem teor mais alto de carboidratos] como restritos, algo que pode muito bem ser individualizado com as preferências alimentares de cada um.

 

Por isso, na hora de adotar, é essencial estar sob uma orientação profissional. Um regime como esse pode provocar respostas adaptativas importantes no nosso organismo, incluindo alterações hormonais, tireoidianas e até mesmo mexer com o nosso sistema imune.

 

Fonte: Revista Marie Claire 


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