Um estudo foi realizado com o objetivo de descobrir porque algumas histórias nos tocam mais do que outras, e consequentemente, também detectar quais são os fatores de sucesso que uma narrativa precisa ter para de fato ser bem-sucedida.
O estudo foi realizado pelas universidades de Vermont, nos EUA e pela universidade de Adelaide que fica localizada na Austrália.
Para chegarem em suas respostas, os pesquisadores se basearam em um glossário que possuía mais de 10 mil palavras em inglês. As palavras eram classificadas como negativas ou positivas, a partir de seus significados e emoções.
Palavras como “miséria” e “solidão” por exemplo, apareciam sempre na parte inferior, enquanto palavras positivas apareciam na parte superior, formando deste modo um gráfico para cada obra.
O total de 1.327 histórias que fazem parte do “Projeto Gutenberg” que é uma biblioteca digital, foram analisadas e mapeadas.
Cada gráfico refletia segundo os pesquisadores, a “experiência emocional do leitor”, visto que ele detalhava quais eram as partes mais tristes, alegres, e etc de cada história.
Basicamente o que os pesquisadores fizeram, foi mapear cada obra e descobrir como é que o leitor se sentia ao ler aquele livro.
Após todo esse processo realizado, eles perceberam que existiam padrões nos gráficos de 85% das obras.
Abaixo, temos o gráfico da famosa obra “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, que basicamente é o último livro da saga, escrita por J.K.Rowling.
Harry Potter assim como a obra de Romeu e Julieta de Shakespeare, possuíam um gráfico bastante parecidos. Por esse motivo, nós só podemos concluir que não se trata de uma mera coincidência, e sim de um padrão de emoções que um livro deve ter, para dessa forma alcançar a tão sonhada popularidade.
Como já citamos anteriormente, 6 padrões de gráficos, conhecidos como arcos, estavam presentes na grande maioria das obras analisadas.
Segundo o estudo, um terço de todas as obras se encaixavam nos padrões denominados de “trapos ás riquezas” e “tragédia”. No primeiro gráfico, as emoções boas subiam constantemente, enquanto no segundo, a obra começava transmitindo boas emoções, que caiam em uma constante durante o decorrer da história.
Um terceiro gráfico foi denominado de “Homem em um buraco” e nele, as emoções da narrativa caiam para logo em seguida começar a subir. Ou seja, é a típica história em que tudo dá errado, mas que consegue terminar com um final feliz.
Um exemplo clássico de obra que segue esse padrão gráfico é “Sherlock Holmes”.
A quarta categoria de gráfico, foi denominada de “Ícaro”, nelas ocorre o movimento inverso das emoções. Nessas histórias, tudo começa muito bem, mas acaba em uma impactante tragédia. O nome do gráfico por exemplo, foi uma homenagem a narrativa de Ícaro, que tentou se aproximar do sol, mas acabou caindo no mar, ao ter as suas asas derretidas pelo calor dessa estrela.
O quinto padrão gráfico, recebeu o nome de “Cinderela”, e nele, assim como na história de mesmo nome, as emoções se elevam, caem e sem seguida voltam a se elevar novamente.
E por fim, o ultimo gráfico que também era muito recorrente, era o intitulado de “Édipo”, onde tudo começa bastante triste, se eleva, e volta a cair novamente. Uma obra que se encaixa nesse gráfico por exemplo, é o clássico “Frankenstein”.
Pois bem, a grande questão, é que apesar de nós já sabermos que as obras avaliadas já eram de famosas, visto que se encontravam em uma coletânea de biblioteca, eis o que o estudo descobriu de mais surpreendente.
Dentre as obras mais famosas, assim como a saga “Harry Potter”, existiam sempre um padrão de gráficos que sobressaiam, que eram os padrões denominados de “Ícaro”, “Homem em um buraco” e “Édipo”.
Ou seja, as obras mais populares, possuíam uma espécie de formula em comum, as emoções que causavam em seus leitores, eram de certo modo parecidos. Ou seja, dos seis padrões mais populares de historias famosas, 3 são quase exclusivos aos best-sellers, que nada mais são, do que os livros mais vendidos.
Fonte: Fatos Desconhecidos
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