Ao longo de sua vida, Elvis Presley se tornou um dos maiores ícones do Rock ‘n’ Roll. Contudo, podemos afirmar que sua carreira passou por diversos momentos controversos. Mas, para além disso, suas opiniões também eram bastante controversas. Dito isso, em determinado momento de sua carreira, Elvis chegou a deixar bem claro seu lado conservador e até denunciou os Beatles para a polícia.
Caso conseguisse se encontrar com o presidente dos EUA, Richard Nixon, Elvis iria “pedir um cargo” no FBI. Desse modo, ele poderia denunciar nomes que estariam influenciando a juventude americana contra o governo. Naquela época, o país vivia um momento em que, uma série de movimentos protestavam contra a Guerra do Vietnã e o racismo. Entre grandes nomes que apoiavam esses movimentos, podemos citar os próprios Beatles.
Elvis planejava trabalhar como um agente disfarçado
Segundo Elvis Presley, os Beatles faziam com que os jovens se engajassem e brigassem por seus ideias. Por isso, ele escreveu uma carta direcionada ao presidente, para solucionar esse problema.
Na carta, podemos encontrar alguns erros e entendendo o momento que Elvis vivia, o músico já fazia uso de vários remédios controlados. Dessa forma, alguns trechos da carta simplesmente não fazem sentido. “Querido Sr. Presidente. Eu gostaria de me apresentar. Sou Elvis Presley e admiro você e Tenho Grande Respeito por seu governo”, escreveu o músico. “A cultura das drogas, os elementos hippies, o SDS [organização de esquerda chamada Students for a Democratic Society], Panteras Negras, etc, não me consideram como seu inimigo ou como eles gostam de chamar “o establishment”. Eu chamo isso de Americano e amo tudo”, continuou.
Na carta, também podemos encontrar uma série de letras maiúsculas que estão fora do lugar. Isso também é resultado do uso excessivo de remédios pelo cantor. “Eu posso ser muito útil se fosse nomeado como Agente Federal e vou ajudar da minha maneira através de comunicações com as pessoas de todas as idades. Antes de tudo, sou um entertainer, mas tudo que preciso é de credenciais federais”, escreveu. Em seguida, Elvis afirma que os Beatles iam contra os princípios americanos. “Os Beatles vieram para esse país, ganharam fortunas e voltaram para a Inglaterra, onde promoveram uma campanha contra os Estados Unidos”, afirmou na carta.
Assim, em 1970, o músico saiu de Graceland e seguiu para vários pontos dos Estados Unidos, onde, por fim, pegou um voo de Los Angeles para Washington. Em seu plano, Elvis iria se tornar uma espécie de “delator” do governo.
O encontro entre Elvis Presley e Richard Nixon, presidente dos EUA
Porém, Richard Nixon tinha dúvidas quanto ao pedido de Elvis. Mas, um assistente o convenceu a dar um título de “Agente Federal Honorário” e um distintivo do FBI. Podemos afirmar que o músico era muito fã de armas e colecionava uma série de itens relacionados às “forças da lei”. Dessa forma, em suas festas eram comuns acontecerem exibições de distintivos dos mais diversos que ele recebia de serviços de segurança e policiais por conta do trabalho musical. No entanto, agora que possuía um distintivo de verdade, ele apenas ficou “pegando poeira”.
O mais novo agente acabou não fazendo nada do combinado e, em 1974, renunciou ao cargo. Isso aconteceu após o famoso escândalo de Watergate, que culminou na renúncia do presidente. O caso repercutiu no fato do governo utilizar práticas sujas de espionagem para combater adversários políticos.
Anos depois da história vir a tona, o baterista da banda, Ringo Starr, confirmou a história. Segundo ele, Elvis tentou “banir” a banda dos EUA. Além disso, ele abertamente não gostava da banda. Por fim, pós a morte de Elvis, em 1977, Paul McCartney também afirmou que se sentiu traído pelo artista. Tendo morrido aos 42 anos por excesso de remédios, Paul afirmou que “a grande piada é que a gente usava drogas e ele era contra, mas veja o que aconteceu com ele”.
Fonte: Observatório de Música
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