A espaçonave de reconhecimento espacial BepiColombo, da Agência Espacial Europeia (ESA), registrou imagens impressionantes de Vênus durante sua viagem para Mercúrio. O “orbitador planetário de Mercúrio”, como é chamada a espaçonave, passou próximo de Vênus na última quarta-feira (14), criando uma excelente oportunidade para estudar sua atmosfera.
Na filmagem acima, é possível ver a transição entre o dia e a noite em Vênus pela perspectiva da espaçonave, a cerca de 11 mil quilômetros de distância do planeta. O clipe é um compilado em forma de gif das 64 imagens registradas, com 52 segundos de intervalo entre si, cedido como cortesia pela ESA e pela Agência Japonesa de Exploração Espacial (JAXA).
Infelizmente, o planeta estava excessivamente iluminado para a obtenção de mais detalhes, mesmo com a configuração mais rápida no obturador da Câmera de Monitoramento 2, que registrou Vênus a bordo da nave espacial.
“Precisamos ser pacientes enquanto nossos especialistas em Vênus analisam os dados, mas temos esperança de que conseguimos obter alguns perfis de temperatura e de densidade atmosféricas, informações sobre a composição química das nuvens e a interação ambiental magnética que ocorre entre o Sol e Vênus,” comentou Johannes Benkhoff, um dos cientistas responsáveis pelo projeto na ESA, em comunicado.
Manobras espaciais
Conhecida como manobra de assistência gravitacional, a passagem de BepiColombo por Vênus foi calculada para acelerar sua viagem até seu destino final: Mercúrio. Essa é a 2ª entre as 9 manobras que serão realizadas pela espaçonave até o fim de sua viagem, sendo mais 1 próxima à Terra e 2 próximas a Vênus, finalizando em 6 na órbita de Mercúrio, no período total de 7 anos de viagem.
Os cientistas responsáveis pelo projeto esperam estudar com mais detalhes a atmosfera de Vênus na próxima visita de BepiColombo em 2021, quando estará muito mais próximo de sua órbita. Apesar de não ter essa análise nos seus planos iniciais de lançamento em 2018, a espaçonave avaliará os recém-descobertos possíveis sinais de vida na atmosfera do planeta, configurando assim uma feliz coincidência e oportunidade científica.
Fonte: TecMundo
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