Recentemente, a Alemanha ficou em primeiro lugar no Bloomberg Innovation Index 2020, um índice anual que sempre aponta a nação mais inovadora do mundo. Para isso, o índice utiliza sete critérios que incluem: gastos com pesquisa e desenvolvimento, capacidade de fabricação e concentração de empresas públicas de alta tecnologia.
No oitavo ano desde a criação do índice, a Alemanha superou a Coreia do Sul, que possuía uma série de seis anos de vitórias consecutivas. Dessa forma, neste ano, a Alemanha se saiu melhor em três classificações entre as cinco principais. São elas: manufatura de valor agregado, densidade de alta tecnologia e atividade de patentes. Por outro lado, a Coreia do Sul acabou não levando o título por conta de uma queda da produtividade.
Neste ano, a Alemanha superou Coreia do Sul no índice
Segundo Carsten Brzeski, economista-chefe do ING Germany, a Alemanha vem mostrado um grande avanço nos últimos tempos. “O setor de manufatura ainda é altamente competitivo e uma fonte de inovação”, afirma Brzeski. “O desempenho da Alemanha em tais indicadores ainda é forte e muito melhor do que sugere a recente fraqueza econômica”, completa.
Porém, ainda que o país esteja vivendo um ótimo momento conforme aponta o índice, isso pode ser temporário. Isso porque, cerca de um terço dos gastos com pesquisas na Alemanha estão concentradas na indústria automobilística. Nesse sentido, “interrupções mais longas no setor podem pesar na força inovadora da Alemanha”, afirma Brzeski.
Como boa parte dos recursos de inovação estão neste setor, o país também acaba sentindo suas consequências negativas. Desse modo, preocupações com a poluição, conflitos comerciais e economias que desaceleraram impactaram na demanda do setor. Além disso, mesmo que o país tenha sido apontado como nação mais inovadora, ainda há muito a ser melhorado. Por exemplo, o país sofre uma falta de inovação no ensino superior, que poderá ser sentida nos próximos anos.
Por seis anos consecutivos, a Coreia do Sul foi a nação mais inovadora
Ainda que em segundo lugar, podemos afirmar que a queda da Coreia do Sul não é resultado de grandes mudanças. De acordo com Chang Suk-Gwon, professor de administração de negócios da Universidade Hanyang, de Seoul, o país deve ficar atento. Dessa forma, os gastos com a pesquisa e desenvolvimento “determinam a vida ou a morte das empresas sul-coreanas”, afirma Suk-Gwon. Isso porque, o país concentra grandes empresas como, por exemplo, a Hyundai, Samsung e LG.
Nas posições seguintes, temos Singapura e Suíça em terceiro e quarto lugar, respectivamente. Em seguida, temos Suécia (5º), Israel (6º), Finlândia (7º) e Dinamarca (8º). No caso de outras grandes potências mundiais, como Estados Unidos e Japão, os números podem preocupar.
Em 2013, quando o índice da Bloomberg estreou, os Estados Unidos ocupavam o primeiro lugar no ranking. No entanto, hoje, o país caiu uma posição em relação ao ano anterior, permanecendo na nona posição. Depois disso, temos França (10º) e Áustria (11º). Enquanto isso, o Japão caiu três posições e se encontra em 12º lugar. Em uma outra grande mudança, também citamos a China, atualmente a segundo maior economia do mundo. Em relação ao último ano, o país subiu um ponto e ficou em 15º lugar. Por fim, também lembramos do Brasil, que ocupa a 46º lugar no índice.
Fonte: Fatos Desconhecidos
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