Atualmente, existe um certo consenso sobre qual seria verdadeira idade do universo. No entanto, pesquisadores estão sempre dispostos a colocar essa “verdade” à prova, afinal nunca é possível ter certeza quando estamos falando de ciência. Dessa forma recentemente, um novo método de medição apontou uma idade para o universo.
Em 2019, por exemplo, alguns cientistas publicaram um artigo que dizia que o Big Bang teria ocorrido há 12 milhões de anos. Porém, um novo estudo fornece novas evidências que o nosso universo é pouco mais velho que teríamos suposto. Desse modo, a idade correta é de 13,8 bilhões de anos.
Segundo o estudo, o universo teria 13,8 bilhões de anos e não 12 milhões
Recentemente, um grupo de pesquisadores liderada pela física Neelima Sehga enviou uma série de artigos ao arXiv (repositório onde artigos científicos são enviados pelos autores antes de serem revisados por pares e aprovados em periódicos de renome) detalhando as novas descobertas feitas através do Telescópio de Cosmologia de Atacama (ACT), no Chile.
É interessante lembrar que a pesquisa foi feita a partir de vários grupos que estavam em locais diferentes. Assim, no total, o estudo contou com pesquisadores de 41 instituições ao redor de sete países diferentes. Na pesquisa, os cientistas realizaram trabalhos que incluem desde estudos de micro-ondas a mapeamento de alta resolução. Além disso, eles também fizeram medições da luz que percorre o universo. Em outras palavras, os astrônomos “viajaram no tempo” em busca de rastrear fontes mais antigas de luz.
Por meio do ACT, eles conseguiram examinar a radiação cósmica de fundo em microondas (CMB, em inglês). Para se ter ama ideia, essa é uma radiação quase tão antiga quanto o próprio universo. Por isso, ela foi usada nessa pesquisa. Em outras palavras, é como se fosse um fóssil de luz de uma época em que o cosmos era denso e quente. Isso data de 380 mil anos após o Big Bang. Com isso, nessa análise, os cientistas usaram o ACT para auxilia-los a rastrear e montar um novo conjunto de dados para estudar o CMB.
Um estudo feito com pesquisadores de 7 países
Para fazer tudo da maneira correta, os pesquisadores utilizaram uma matemática complexa para filtrar uma quantidade extraordinária de ruído cósmico. Caso não fosse filtrado, isso poderia atrapalhar as análises do CMB. Sendo assim, por conta desse problema, esse é um tema que costuma ser bastante controverso no meio de cientistas. Isso porque, os pesquisadores discordam sobre qual é a melhor métrica para extrair esses dados.
Como uma forma de evitar esse tipo de erro, o grupo de cientistas desenvolveu uma nova técnica e mais precisa. Assim, o método substitui os modelos anteriores de medidas da anisotropia (a forma como o CMB muda ao longo dos eixos de observação). Mas, além disso, também conta com a temperatura e polarização, um fenômeno que completa o CMB.
Para a realização do estudo, o ACT se mostrou fundamental. E, até o momento, não foram encontradas irregularidades na previsão. Com isso, podemos dizer que avançamos, mas ainda não chegamos ao fim da busca do nascimento de tudo. Sendo assim, a pesquisa não irá parar por aqui e os cientistas buscarão uma data mais exata de quando tudo, de fato, começou.
Fonte: Fatos Desconhecidos
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