Um recente estudo da Universidade de Reykjavik aponta que a cafeína tem efeitos nocivos à gravidez, mesmo em pequenas quantidades. As evidências surgiram após o autor, professor Jack James, avaliar a relação entre 37 casos de gestações problemáticas e o consumo da substância.

 

Além da avaliação desses casos, James também conduziu 17 meta-análises, com o mesmo objetivo de encontrar a relação entre a cafeína e resultados negativos na gestação.

 

Ao fim do estudo, a avaliação dos 37 casos apontou 42 descobertas. Entre elas, 32 indicaram que o consumo de cafeína pode ser potencialmente prejudicial à gravidez. Por outro lado, 14 entre os 17 resultados da meta-análise foram unânimes e mostraram que a substância está ligada diretamente ao aumento das chances de abortos espontâneos, nascimentos abaixo do peso, leucemia aguda infantil e casos de natimortos.

 

Da mesma maneira, os resultados não conseguiram determinar uma relação entre o limite mínimo do consumo da cafeína e os problemas estudados. Diante disso, James concluiu que nenhuma quantidade da substância é segura durante o período de gestação.

 

Influência da indústria

 

Para o autor Jack James, as informações tendenciosas emitidas por entidades representantes da indústria produtora de bebidas, na década de 1970, expuseram gestantes à um risco desnecessário.

 

Segundo ele, o Instituto Internacional de Ciências da Vida (ILSI) foi um dos principais responsáveis pela desinformação, ao apoiar estudos sem fonte comprovada de que a substância era segura para o consumo durante a gestação, enquanto desacreditava dados que apontavam o contrário. O órgão foi criado após a agência reguladora de saúde nos Estados Unidos, FDA, demonstrar interesse em colocar avisos nas bebidas cafeinadas.

 

Contudo, embora o caso necessite de mais pesquisas, o estudo de James reforça evidências científicas já conhecidas e aponta unanimidade no risco em consumir da substância durante a gravidez.

 

Atualmente, sabe-se que a a cafeína é transportada para o embrião por meio do cordão umbilical e que, nesse sentido, fetos e recém nascidos não possuem as enzimas necessárias para concluir sua metabolização — o que poderia explicar a grande influência causada pela substância.

 

Fonte: Mega Curioso


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.