Para sua “A Flor da Lua”, Marcus Moreno buscou inspiração na obra e no potente relato da artista e ilustradora botânica Margaret Mee, que em sua última expedição à Amazônia, aos 79 anos, após deixar a prancha preparada ilustrando o cacto e as folhagens, acolheu a Flor da Lua em sua efêmera existência. “Enquanto eu me postava ali, com a orla escura da floresta ao meu redor, sentia-me enfeitiçada. Então, a primeira pétala começou a se mexer, depois outra e mais outra, e a flor explodiu para a vida“, registrou Mee.

 

Tal como a flor da lua nasce e perdura por uma única noite, a dança, em capítulos breves, vai se constituindo a partir do instante presente e se expande a caminho do encerro. O trabalho tem música original de Manuel Pessôa e adaptação e operação de luz de Dida Genofre.