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A Origem do Rosto

Postado por Redação Instituto Pinheiro em 08/11/2018 - 11:00:14

O fotógrafo, cineasta e artista plástico Arthur Omar propõe uma discussão sobre a fotografia, a percepção e a antropologia na exposição A Origem do Rosto, em cartaz no Sesc Consolação.

 

Além disso, ao longo de toda a mostra, o ciclo de debates O Pensamento Sensorial convida pesquisadores para discutir a relação da fotografia com o cinema, com a antropologia e com questões contemporâneas a partir da obra artista.

 

Com séries fotográficas e projeções de imagens e filmes, a mostra reúne em um ambiente que funciona como uma grande instalação obras que tomam o rosto, a apercepção e o olhar como ponto de partida para pensar o presente urgente.

 

O premiado artista mineiro, que vive e trabalha no Rio de Janeiro, atravessa diferentes fases, séries e linguagens para expressão a violência e a empatia dos olhares. Nesses rostos – que manifestam e expressão a radicalidade do outro– passamos da forma mais figurativa, para a mais abstrata – até a dissolução da forma.

 

O que vemos? Quem nos olha? Olhar é um ato violento, mas os olhos que se cruzam produzem afetos, sensações, pensamentos.

 

Expressar estados alterados, mentais, o pensamento antes da forma  é o “trabalho de campo” da obra de Arthur Omar, “sua exploração fundamental, além da categoria de beleza”. Nas palavras do curador Adolfo Montejo Navas “a origem do rosto é o descobrimento da alteridade, algo que provém de um esgarçamento das identidades do que vemos que já está onipresente na obra do artista, mas também deriva daquela vibração emocional que a câmera colada ao rosto oferece, produzindo, assim, um singular triângulo: o rosto do artista focando o rosto do outro para chegar ao rosto final da imagem”,

 

Para além das séries fotográficas inéditas _Antropologia Solúvel, Limbo, Multidão _ uma das atrações é a celebrada “Antropologia da Face Gloriosa”, uma série experimental in progress, que registra a multiplicidade quase alucinatória de rostos em êxtase ou delírio de foliões durante o carnaval do Rio de Janeiro. “A Antropologia da Face Gloriosa procura expressar esses sentimentos, à maneira de uma antropologia debruçada sobre o bárbaro, o difuso, o transversal da nossa realidade de brasileiros. E como se trata de rostos gloriosos, é necessária uma ciência diferente para abordá-los. Daí a fotografia como ferramenta”, comenta Ivana Bentes, coordenadora geral da mostra.

 

“Todas as fotos chamadas de ‘antropológicas’ talvez não passem de jogos de percepção, de jogos que aconteçam no interior e a partir da percepção, e não no mundo objetivo. Ou talvez suponham uma forte dominante lúdica percepcional, pré-construtiva, interna ao aparato sensorial e cerebral, de tal forma que a componente propriamente antropológica, que atua em nós com uma retórica de convencimento, não tenha esse status de verdade que se lhe quer atribuir”, conceitua Arthur Omar no livro “Antes de Ver”. Um livro em que desenvolve sua própria teoria fotográfica.

 

Outros destaques são as séries “Antes de Ver” e “Antropologia Solúvel”, nas quais os rostos emergem na sua luta por se tornarem figuras; a fotomontagem “Limbo”, em que as faces captadas na viagem do artista ao Afeganistão são superpostas a paisagens e elementos gráficos. Estamos falando de um “presente conturbado”, que discute como podemos atravessar barreiras sociais, culturais, de todos os tipos e constituir uma relação com o outro a partir do olhar e da arte.

 

Programação:

Exposição: Arthur Omar: A Origem do Rosto

De 30/8 a 1/12
Visitação:  de segunda a sexta, das 11h às 21h30; e aos sábados e feriados, das 10h30 às 18h30.

 

Ciclo de Debates: “As Portas da Percepção”
Sábado 10/11 às 15h

 

Um antropólogo e um neurologistas falam sobre arte, antropologia, sonho e rituais e como essas questões aparecem na obra de Arthur Omar.

Convidados: Carlos Fausto (antropólogo, Museu Nacional/PPGA), Sidarta Ribeiro (neurocientista, UFRN) e Mateus Araújo (professor e pesquisador, USP).

 

A Vida das Imagens
Sábado, 24/11 às 15h
Como viver entre imagens? As questões interculturais, de mídia, política e filosofia e como a arte contemporânea e a obra de Arthur Omar dialogam com o presente urgente. Conferência de encerramento e diálogo com Arthur Omar.

Data: 12/11/2018 até 01/12/2018
Horário: Confira na descrição
Quando: Segunda a Sábado
Valor: Grátis
Site/E-mail: www.sescsp.org.br
Fonte: Assessoria de Imprensa Sesc Consolação
Local: Sesc Consolação
Endereço: Rua Doutor Vila Nova, 245 - Vila Buarque
Telefone: (11) 3234-3000

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