As duas obras apresentadas num mesmo programa nos confrontam aos modismos e imediatismos, que a sociedade nos impõe. Mario de Andrade nos diz: “o contemporâneo nem sempre reside no presente”. “Kuarup” e “Coisas do Brasil”, em seus 40 anos de trajetória, nos adentram para a importância do pensamento de Mario de Andrade: questionando-nos sobre o que vem a ser contemporâneo. Temos nos dias de hoje uma avalanche de ações onde forma e conteúdo não estão em sintonia, prevalecendo ora o valor da forma, ora o valor do conteúdo. Em “Kuarup” e “Coisas do Brasil”, “forma” e “conteúdo” se entrelaçam, articulando o passado, não como arquivo, mas como fonte viva da “História”; fundamental para nos reconhecermos como território existencial.