24

nov 2018

a

09

dez 2018

Cafona – Ensaio sobre brega, preconceito e violência

Postado por Redação Instituto Pinheiro em 21/11/2018 - 11:36:48

“Cafona – Ensaio sobre brega, preconceito e violência” é um espetáculo construído a partir de uma intensa pesquisa realizada pelo Grupo Mata! entre os anos de 2016 e 2017, acerca das rádios populares, seus ouvintes, canções e cantores bregas que fizeram sucesso entre as décadas de 1960 e 1970, período em que o Brasil viveu sob um intenso regime militar.

 

E foi neste período que, com o crescimento das rádios FMs, as rádios AMs acabaram perdendo popularidade. Por terem menor qualidade tecnológica, porém maior alcance territorial, passaram a abarcar sobretudo as camadas mais populares da sociedade e a tocar aquilo que ficou conhecido pejorativamente como “brega”, ou “cafona”.

 

Como neste período a juventude intelectualizada dava mais atenção aos cantores da MPB e às músicas de protesto, taxando os artistas de músicas românticas de “cafonas” e alienados políticos, surgiu um raciocínio por parte da população que acreditava que  “enquanto a ditadura endurecia o regime, os artistas “cafonas” cantavam para o entorpecimento das massas”. Por isso, a pesquisa do MATA! aborda as contradições do período com a atualidade desse “universo da música brega”, na busca por compreender “o ontem e o hoje” das relações sociais ligadas a esse gênero musical, que continua a fazer sucesso e a lançar artistas.

 

Muitos artistas cafonas – tidos como “bregas” – estiveram presentes nas temáticas pesquisadas pelo grupo, com destaque para: Diana (que retrata em suas canções a mulher apaixonada, que vez ou outra “pisa” naquele que a desprezou), Amelinha (que trouxe em suas letras o caráter de sonho, de ilusão e fantasia, para a dramaturgia), Odair José (que motivou pesquisas a partir de estereótipos masculinos dotados de um tipo de sex appeal à brasileira: fusão entre o “caipira” e o “roqueiro”), Carmen Silva (mulher negra que rechaçou o estereótipo de cantora de samba para cantar músicas românticas) e Waldick Soriano (o típico boêmio conquistador, aquele que coloca a “mulher comum” como protagonista de suas canções e, ao mesmo tempo, reforça determinados preconceitos e opressões).

 

Sinopse: A emissora de rádio toca a música de amor, que contém em si a figura protagônica dos ouvintes e, ao mesmo tempo, o preconceito de gênero, classe e tratamento. O radialista parece ser a “companhia” nos momentos de solidão, e entre um “conselho” e outro vende seus produtos. Duas mulheres, um homem, a opressão transcorre de maneira socialmente naturalizada. Os tempos entre narrativa e palco se misturam. A concatenação fabular desaba e faz aparecer uma realidade social que já não se sustenta. A história do brega, do cafona, da rádio e dos ouvintes se fundem para revelar uma história de privilégios, autoritarismo, racismo, machismo e outras formas de violências físicas e simbólicas.

 

Horários:  Sábados 20h30 / Domingos 19hTeatro Studio Heleny Guariba

Data: 24/11/2018 até 09/12/2018
Horário: 20:30
Quando: Sábado e Domingo
Valor: R$ 20,00
Fonte: Assessoria de Imprensa Luciana Gandelini
Local: Teatro Studio Heleny Guariba
Endereço: Praça Franklin Roosevelt, 184 - República
Telefone: (11) 3259-6940

Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.