A trilha musical, criação de Dugg Mont, é formada por sons que auxiliam a plateia a se situar como parte integrante do inconsciente da personagem e vivenciando o estranhamento do relato denso apresentado para o público. Assinado por Karen Brusttolin, o figurino é simples e artesanal, uma camisola, e remete à intimidade, à vida pessoal da personagem, despida de vaidade. A iluminação de Cesar Pivetti se relaciona diretamente com a personagem, quase como uma parceira de cena. Não realista, o cenário minimalista, comporta uma cadeira e um plástico negro de grandes dimensões sobre o qual a atriz pisa, se enrola e se movimenta. Parte da sonoplastia é feita com o barulho do plástico. “É quase uma dan&c! cedil;a f eita pela atriz com este adereço gigante e de aspecto obscuro”, diz Marcello Airoldi, observando que se trata de metáfora do inconsciente da personagem. “Há muita simplicidade e eficácia cênica no cenário. Ele auxilia Dani a compor e elaborar de forma mais clara para a plateia os elementos narrativos dessa dramaturgia.”
Horários: Sábado e domingo, em duas sessões – às 16 e 19 horas