Muitos são os signos de Exu que, nas religiões de matriz africana, é sempre o primeiro a ser saudado – é um princípio ativo e estruturante da ordem do universo. Nos atos de fala dos praticantes desses ritos, Exu é mencionado como o primeiro ser criado e como o primeiro a se alimentar, denominado “a boca que tudo come”. Menção frequentemente usada entre os capoeiristas, “a capoeira é tudo que a boca come e tudo que o corpo dá” – famosa frase de Mestre Pastinha. A partir dessas reflexões, o Mestre Jogo de Dentro vai chamar o público para um jogo de capoeira, sob a perspectiva da encruzilhada e do corpo encruzilhado.
Iniciando as atividades de maio, o Núcleo de Estudos em Corporeidades Negras convida o público para a Dança da Indignação, conceito criado por Gal Martins, que é atriz, gestora cultural e dançarina. A proposta do exercício, que é uma linguagem estética em dança, é reverberar indignações coletivas e seus territórios, em uma abordagem política-poética que aponta para as intersecções entre arte e vida. O processo dá lugar a indignação de modo criativo, potente e produtor de transformações de realidades individuais e coletivas; na medida em que canaliza os sentimentos do artista em ações revolucionárias e resistentes.
A Encruzilhada é o Outro da Gente
Quinta-feira, 18/4 – 19h às 21h30
Dança da Indignação
Sábado, 4/5 – 10h às 16h
Lampião, um Brasileiro Incomum
Quinta-feira, 16/5 – 19h às 21h30