intetizadores cremosos, graves pulsantes, beats apaixonados e muita, mas muita sofrência mesmo: tudo isso está presente no disco de estreia da cantora e compositora Duda Beat, “Sinto Muito”.
Natural do Recife e radicada no Rio de Janeiro, nunca perdeu o gingado e o sotaque nordestino, mas somou a eles seu timbre forte e paixão pelos ritmos eletrônicos.
Como um diário recheado de desabafos ácidos, as letras de Duda Beat dão voz a uma jovem mulher romântica que não consegue se adaptar à fluidez dos relacionamentos contemporâneos.
Engana-se quem pensa que o álbum faz apologia da amargura – o lamento transformado em arte é o caminho pra a superação e o empoderamento.
Além do amor, o humor que ela tem para dar transborda em todas as faixas.
Ela chora de solidão (Back to Bad), ri de si mesma (Bédi Beat), experimenta o sexo descompromissado (Bixinho), faz gozação da noite cool do Rio (Ninguém Dança) e assume que nenhum amor é grande o bastante pra ela (Todo Carinho).