Moraes teve na sua formação musical o rádio e o alto falante. Fazia imitações baratas e sem pudores dos nossos grandes cantores das multidões. Cultiva em sua memória afetiva canções de todos os tempos e dos mais variados autores e diz que sente inveja de determinadas composições.
Este é o impulso para se aventurar num show em que o intérprete Moraes Moreira, ao seu jeito, se apropria das canções alheias e recria um repertório que o apaixona. Há muito guardava esse show dentro do seu coração e agora compartilha com o público que sempre o acompanha pelo país todo.
O show traz um repertório de 21 pérolas, entre as quais Moraes passeará livremente, num descanso do próprio repertório. “Quem Há de Dizer”, de Lupicínio Rodrigues, “Gente Humilde”, de Vinicius de Moraes, Chico Buarque e Garoto, e “Aos Pés da Cruz”, de Orlando Silva, são algumas. Músicas de Alcyr Pires Vermelho, David Nasser, Assis Valente, Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Ataulfo Alves, Garoto, Herivelto Martins, Luiz Gonzaga, Marino Pinto, Zé da Zilda, Noel Rosa, Braguinha, Paulo Leminski, Tom Zé, Roberto Carlos e Erasmo Carlos, são alguns dos outros autores que são reverenciados.
“Me apodero dessas canções como se fossem minhas”, conta Moraes Moreira, que se apresenta acompanhado de seu violão. “Esse show de agora é todo no chão, tranquilo. É outro Moraes Moreira, que não o do frevo. Esse ainda existe também. Mas tenho feito muito show voz e violão, como o em comemoração aos 50 anos de carreira de Luiz Caldas, na Bahia (em Salvador, no ano passado). Hoje, eu boto o violão nas costas e vou embora”, completa.