Um espetáculo para toda a família que aborda de forma poética temas como a sustentabilidade e a preservação da vida e da natureza. Em síntese esta é a proposta de “Encasulados”, montagem que estreia em São Paulo no feriado do Dia da Criança.
“Encasulados” tem concepção de Roberto Haathner (que também integra o elenco, no papel do personagem Magnata), com texto e dramaturgia de Paulo Rogerio Lopes e direção geral, musical e trilha sonora de Gustavo Kurlat. No palco, completam a ficha técnica os atores Bruno Perillo (personagem Cientista) e Iris Yazbek /Debora Vivan (personagem Agente). Este núcleo central do espetáculo formado pelo elenco, diretor e dramaturgo, repete a dose depois de trabalharem juntos em “Procurando Luiz”, peça inspirada no universo de Luiz Gonzaga.
Capsula do Tempo – O texto parte do ano de 2097 para contar as aventuras de três personagens: um magnata dos canudos de plástico, Sr. Meganudo, um cientista preocupado com as abelhas e uma agente ambiental, determinada em atrapalhar os planos do magnata.
Eles ganham o direito de viajar numa capsula do tempo, podendo escolher se querem ir para o passado ou futuro. Cada um com seu objetivo, eles embarcam nesta máquina do tempo, numa viagem frenética, cheia de perigos e mudanças de planos, já que a geringonça nem sempre leva o viajante à data desejada.
Num embate em que ninguém é perfeito, enquanto cientista e a ambientalista pretendem salvar espécies de animais e insetos e evitar que os erros do presente virem desastres no futuro, o magnata quer justamente que algumas espécies não atrapalhem seu império.
Alerta para o futuro – “Encasulados propõe uma reflexão sobre as consequências dos nossos atos, por meio de uma aventura que se encanta no mergulho de questões ambientais, da ética e da ciência”, explica Roberto Haathner. Ele acrescenta que o grande desafio, desde a concepção do espetáculo, foi trabalhar essa temática, “sem cair no lugar comum, transmitindo a mensagem, mas entretendo e emocionando a plateia de todas as idades”.
Já o diretor Gustavo Kurlat ressalta que o espetáculo busca “tratar de assuntos como a degradação do planeta e o desmatamento, além da maneira como cuidamos do lixo e dos detritos”. Kurlat comenta ainda a importância dos viajantes do tempo no enredo. “Buscamos fazer com que o público sinta a história de maneira objetiva, como um alerta para o futuro. Desta maneira, a viagem no tempo é uma metáfora que faz com que percebamos que o que acontece lá na frente também é responsabilidade nossa, do que fazemos no presente. Ou seja, isso também é ‘comigo’”.
Traço marcante em suas montagens, a música tem forte presença em “Encasulados”. “Foram compostas três canções próprias para o espetáculo interpretadas pelos atores, além de um conjunto de músicas criadas especialmente para ressaltar o clima e o ambiente dos temas abordados, de forma coerente com o que o texto propõe”, conta o diretor.
Por sua vez, os cenários, figurinos e adereços – assinados por Marco Lima – criam uma atmosfera futurista, convidando a plateia a embarcar nessa viagem no tempo junto com os personagens.
