Fran World Tour – Eu só preciso ser amada é o retrato íntimo de uma palhaça-artista que prepara um show para mostrar todas as suas habilidades “geniais”. Atriz, bailarina, cantora, poeta, modelo, estilista e apaixonada, Fran quer o que todo mundo também deseja: ser amada. Para cativar o espectador (real e imaginário), Fran irá romper os limites palco-platéia tornando o público seu cúmplice na realização dos seus sonhos.
Se rir é o melhor remédio, o espetáculo “Fran World Tour – Eu só preciso ser amada” é um antídoto para tratar o mau humor e ainda sanar a lacuna de reflexão sobre algumas das pautas contemporâneas em voga como a força feminina e liberdade do corpo da mulher.
– Nosso corpo é uma fonte inesgotável de potência vital e precisa ser explorado pela nossa curiosidade, para descobrir de forma livre e saudável o que eu realmente desejo, para ter prazer no sentido amplo da existência; e também descobrir o que não me interessa, o que me agride e por isso delimito pra fora do que quero experienciar – pontua Rafaela.
Deslocando a crítica de um possível lugar sisudo, Rafaela mergulhou na pesquisa sobre a palhaçaria e, junto a outras artistas da cidade, vem renovando a cena dessa linguagem no Rio de Janeiro promovendo cabarés e eventos em que as mulheres tem a vez e mostram que são, sim, cheias de graça. Para fortalecer ainda mais o laço – e o movimento do nariz vermelho feminino – a atriz e palhaça convocou a artista Natascha Falcão para a direção de seu primeiro solo.
Também atriz, bailarina e cantora, Natascha vem pesquisando as interseções entre a comicidade e a estética do burlesco, que aparece no espetáculo para dar vazão ao sonho da palhaça Fran de tornar-se um ícone mundial.
– A linguagem da palhaçaria é sobre transformar em força cênica e universal os fracassos pessoais, estabelecendo assim a comunicação com o público que ri por se identificar tão humana(o) quanto a palhaça ou palhaço. Quando aceito minhas inadequações reconheço que todos têm as suas e respeito nossas diferenças. Meu sonho é que cada vez mais as palhaças inspirem pessoas a se aceitarem como são e também aos outros. Espero que a cada encontro do espetáculo a gente consiga, através do riso, sentir muito prazer e amor – comenta Rafaela, que pesquisa a linguagem da máscara teatral há cinco anos.
Além da linguagem da palhaçaria e toda a liberdade que esta compreende, o solo utiliza ainda elementos de dança, comédia física e música, fazendo rir sem perder o rebolado, nem a exuberância dos brilhos, das plumas e paetês.