O cenário global para pessoas queer e trans continua desigual, com aceitação e solidariedade coexistindo com ódio e censura em diferentes partes do mundo. Por um lado, as questões LGBTQIA+ têm ganhado mais visibilidade e apoio, criando oportunidades para artistas e pensadores queer e trans. Por outro, pessoas LGBTQIA+ ainda enfrentam repressão, com impactos variados conforme raça, classe, gênero e nacionalidade.
A exposição Histórias LGBTQIA+ celebra a criatividade queer nas artes visuais, apresentando obras que abordam temas queer e foram feitas por artistas, ativistas e pesquisadores LGBTQIA+. Organizada em oito núcleos, a mostra explora tópicos como “Ícones e musas”, “Amor e desejo” e “Espaços e territórios”, além de incluir trabalhos que dialogam com a pandemia de HIV/AIDS e sua influência na arte queer e trans. A exposição também faz uso de recursos como inteligência artificial para reimaginar histórias apagadas e atualiza obras clássicas com uma lente queer, como na releitura do famoso Abaporu de Tarsila do Amaral.
A curadoria é de Adriano Pedrosa e Julia-Bryan Wilson, com colaboração da equipe do MASP. Parte do programa anual do MASP de 2024, a exposição conta com empréstimos importantes do Leslie Lohman Museum de Nova York, uma das poucas instituições dedicadas à arte LGBTQIA+.