Masculinidades negras é um tema trabalhado em projeto de roda de conversa do Timm Arif, criador do Sarau do Infinito e do Slam dos Pretos, junto com mais pensadores negros das periferias que estudam a vida dos homens negros no Brasil. Arif e artistas convidados estarão nas Fábricas de Cultura Jardim São Luís, Vila Nova Cachoeirinha, Capão Redondo e Diadema para um bate-papo sobre como é ser homem negro da quebrada, as relações de afeto, masculinidade tóxica, o protagonismo negro em invenções como o semáforo (criação do afro-americano Garrett Morgan), racismo, a ressignificação de valores para quebrar estereótipos e identificar a importância da saúde mental.
O público terá microfone aberto para relatar as próprias experiências e fazer perguntas ao Arif e convidados, que também vão falar sobre suas vivências, superações e trabalhos musicais que servem de espelho aos jovens negros periféricos.
Criado no Jardim Brasil, bairro da zona norte de São Paulo, e atualmente morando em Diadema, Timm Arif descreve que “crescemos numa sociedade com todos os padrões de um universo caucasiano [branco], não nos contempla em nenhum momento. Meninos pretos raspam a cabeça pra serem aceitos nas vagas de emprego, nas escolas, nas relações afetivas”. E completa: “vi amigos se perderem nas drogas e vários deles mortos com pouca perspectiva, ou simplesmente por serem pretos, por uma polícia pronta para destruir nossos corpos.”
Para participar da roda de conversa Masculinidades negras não é necessária inscrição. Recomenda-se chegar com alguns minutos de antecedência na biblioteca de cada Fábrica de Cultura pontuada como forma de garantir vaga.