“É uma comédia feminista a partir de um clássico machista. Megera Domada (sem o “a”, afinal o monstro pode ser qualquer um de nós) é um espetáculo que multiplica as leituras da peça de Shakespeare ao mesmo tempo em que resume o elenco a dois grandes atores – Agnes Zuliani e Rogério Brito – que se multiplicam em todos os papéis”, afirma o diretor Aimar Labaki.
A Megera Domada, por alguns consideradas como o mais machista dos textos clássicos, é na verdade uma grande e divertida reflexão sobre a questão da representação e das máscaras sociais. Basta citar o fato de ser a única peça shakespeariana a conter um prólogo – e exatamente um prólogo que apresenta a peça em si como uma grande encenação.
“As lutas identitárias redefiniram a política tradicional. E também a forma de se abordar temas que sempre estiveram presentes no palco: sexo, política, gênero. Nosso objetivo é trazer a Megera para esse novo público e confrontá-la com essa nova visão das questões relacionadas ao gênero – sem abrir mão do grande humor do bardo”, finaliza Aimar.
Espetáculo tem cenário e figurinos de Anne Cerutti; iluminação de Carlos Baldim; trilha sonora de Aimar Labaki; assistência de direção de Mariana Leme; direção de movimento, preparação corporal e fotos de Beto Amorim; visagismo de Eliseu Cabral; assistência de cenário e figurino de Adriana Barreto; operação de som de Paulo Akio; operação de luz de Stella Politti; estágio de produção de Isabel Nigri e produção de Murillo Carraro.