No repertório do show estão músicas ‘mais extensas’ como Parangolé, No Fim do Túnel e Gente Básica, mas há também a série de ‘canções-miniatura’ intituladas Melancholias, parcerias com Kleber Albuquerque e Chico César (inspiradas no filme homônimo de Lars von Trier).
As composições interpretadas pelo grupo são de Sergio Molina, músico paulistano com extensa atuação tanto no universo da canção popular de vanguarda quanto no da música clássica contemporânea (série de peças encomendadas pelo Quaternaglia Guitar Quartet). Completam o septeto Joana Duah na voz principal, Clara Bastos (Orquídeas do Brasil) nos contrabaixos, Rodrigo Bragança nas guitarras e texturas eletrônicas, Priscila Brigante (bateria) e as vocalistas Alexia Evellyn e Aninha Ferrini.
O trabalho do Música de Montagem é o dos cortes e colagens, dos sentidos em construção em que os versos se conversam. O ponto de partida é o enlace entre os sons e as palavras: sons para palavras, palavras para sons. A cada passagem poética uma nova sonoridade musical, um espaço que leva um tempo, um tempo que é também textura.
O projeto surgiu a partir do livro Música de Montagem: a composição de música popular no pós-1967 [É Realizações, 2017], escrito por Molina, e que trabalha as mudanças no processo da composição após os anos 1960.