Os irmãos brasileiros Alex Camargo (vocais e baixo), Max Kolesne (bateria) e Moyses Kolesne (guitarra) apresentam o repertório do disco Scorge of the Enthroned (Century Media Records), lançado em setembro de 2018, sendo o 11º trabalho de estúdio da banda. Produzido por Andy Classen e gravado em Kassel, cidade rural da Alemanha, o disco traz músicas de alta complexidade rítmica como Devouring Faith, A Thousand Graves, Abysmal Misery (Foretold Destiny) e Whirwind of Immortality. Completam o repertório as faixas: Scourge of the Enthroned, Demonic III, Slay the Prophet e Electricide. Todas serão executadas no show no Sesc Belenzinho, bem como alguns sucessos dos discos anteriores.
O trio sempre teve como marcas registradas os andamentos rápidos, a bateria feroz, os riffs cortantes, os solos velocíssimos e os vocais extremamente brutais. Considerada a banda mais técnica e com mais variações de andamentos e ritmos, a Krisiun é comprometida, em primeiro lugar, com a entrega desse ataque brutal de death metal que a tornou lendária.
Assim, depois do lançamento do álbum Forged in Fury, em 2015, Alex, Max e Moyses perceberam que era necessária uma nova abordagem. “Esse álbum foi um tanto complicado com partes mais lentas e também bastante longo. É um trabalho que ainda apoiamos, mas sabemos que ele não traz a real essência do Krisiun”, admite o cantor e baixista Alex Camargo. Para o novo disco, Scourge of the Enthroned, o trio decidiu se direcionar novamente para um som mais rápido e mais brutal, ao extremo.
O álbum traz com 38 intensos minutos e, com o trabalho do produtor Classen, trouxe de volta a verdadeira identidade do grupo. “Trabalhar com Andy no Stage One Studio novamente foi como estar em casa. Ficamos confinados em um apartamento por quase um mês e nos concentramos em capturar uma vibração honesta, quase ao vivo”, revela o vocalista. O ambiente rural na cidade alemã Kassel, ajudou no resultado, pois não havia nenhum tipo de distração e a dedicação foi plena.
O fiff e o andamento da faixa Demonic III, por exemplo, até lembra o primeiro disco da Krisiun (Black Force Domain). A música é sobre a banda e sua história. “Depois de todos esses anos, sentimos que era hora de fazermos nosso próprio hino, que levasse nos levasse, e também os nossos fãs, para o passado”, comenta Alex. Tudo foi gravado e tocado naturalmente, deixando o álbum ao mesmo tempo pesado e orgânico.