Neste Mundo Louco Nesta Noite Brilhante

Postado por Redação Instituto Pinheiro em 14/01/2020 - 11:58:24

Na trama, enquanto aviões de várias partes do mundo decolam e aterrissam, a vigia do KM 23 de uma rodovia abandonada encontra jogada no asfalto uma garota que delira após ser violentada naquela noite estrelada.

 

A cada dez minutos uma mulher é vítima de estupro no Brasil. “Terminei este texto no final do ano passado, mas ele começou a se materializar mesmo em 2015, dia após dia, diante do aumento dos casos de estupro e violência contra a mulher no Brasil, histórias que temos visto tomar as notícias. Acho que a peça é um desabafo, alegoria, uma resposta artística a essa realidade, buscando falar dela em outra camada: escrevo sobre um encontro entre duas mulheres num KM abandonado do Brasil. Uma delas acaba de ser violentada e, no delírio da violência, fala. Busco no delírio um diálogo com a realidade impossível de alcançar. De que sintoma complexo do nosso tempo e do nosso país as estatísticas falam? Não tenho respostas exatas, mas muita perplexidade e perguntas que procuro elaborar na cena absurda. Escrevi pensando no Grupo 3, pois há muito tempo queria criar algo só para eles, que são minha turma de Belo Horizonte, MG, com a qual comecei e troco há mais de 20 anos”, revela a autora Silvia Gomez.

 

Com linguagem não realista e poética e humor ácido, o texto discute as relações de dominação e resistência, de conflito e poder, praticadas pela humanidade desde tempos imemoriais. É uma obra ao mesmo tempo política e psicológica, local e universal, escrita por uma das principais dramaturgas brasileiras atuais, que já teve seus trabalhos publicados em sete idiomas.

 

“Em geral, encontro personagens em situações de limite pessoal, emocional, às vezes físico. Nesse lugar, onde as convenções parecem de repente suspensas, uma espécie de lucidez-delirante – assim mesmo, contraditória – toma corpo nas relações e na fala perplexa. Aquilo que não gostamos de dizer vem à tona, as palavras ficam perigosas e ao mesmo tempo quase engraçadas – há uma espécie de humor instável nascido do impasse”, acrescenta a dramaturga.

 

“Parte de uma premissa um tanto dura e intricada, a da violência contra a mulher. Mas a dramaturga Silvia Gomez faz de sua peça uma espécie de escudo, de escape, buscando caminhos mais delicados e fantasiosos”. – Maria Luisa Barsanelli (Ilustrada – Folha de São Paulo)

 

“Gomez se provou mestra em criar metáforas absurdas para as patologias do mundo. Este texto é seu primeiro encenado pelo Grupo 3 de Teatro – Nele, parte do tema da violência contra a mulher para falar sobre o estado de desalento da humanidade contemporânea. O tema é dos mais pesados, mas Gomez encontra na graça do delírio possibilidade de uma comunicação mais efetiva com a plateia”. – Gabriela Mellão (Revista Bravo)

 

“Uma encenação, em que uma linguagem não realista e poética, temperada por um humor ácido, é o caminho para o texto discutir as relações de dominação e resistência, de conflito e poder, praticadas desde a humanidade desde tempos imemoriais” – Ubiratam Brasil (Estadão)

 

“É difícil, ou quase impossível, escrever de maneira cartesiana sobre uma peça de Silvia Gomez. Ela mesma define este seu último trabalho como um delírio e é um pouco nesse estado que devemos assistir ao espetáculo.” – José Cetra (Palco Paulistano)

Horário: 20:00
Quando: Terça, Quarta e Quinta-feira
Valor: 20,00
Site/E-mail: www.teatrovivo.clientes.ananke.com.br
Fonte: Sympla
Local: Teatro Vivo São Paulo
Endereço: Avenida Doutor Chucri Zaidan, 2460 - Vila Cordeiro
Telefone: (11) 3279-1520

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