O Bailado do deus Morto, peça de Flávio de Carvalho escrita para a inauguração do Teatro da Experiência, em 1933 e censurada já na noite de estréia, imediatamente ao fim da apresentação, põe em cena uma reflexão sobre a fé, o medo e a morte de um Deus animal que se transfigura com a mecanização do mundo, temas sobre os quais o autor também escreveu em seu texto A Origem Animal do Deus, publicado junto com a peça. Tanto no texto e rubricas de gestos e movimentos corporais da peça quanto nas fotos e relatos que se tem da montagem, nas máscaras, fica claro o diálogo de Flávio com vanguardas modernas do início do século, como primitivismo, surrealismo e expressionismo – e a sua deglutição.