A peça é uma comédia impetuosa de humor negro, que satiriza o sistema judiciário e os julgamentos arbitrários da sociedade moderna. A história se passa dentro de uma sala de tribunal, que não leva em conta nenhuma inocência de um suposto acusado, atribuindo erros que fariam qualquer pessoa, por mais inocente que seja, se tornar um réu.
O inusitado reside em colocar em julgamento uma pessoa que faz parte do público. Aos poucos, cada vez mais solitários diante de si mesmos, o tribunal e as testemunhas passam da acusação à autocrítica: todo mundo é culpado quando a justiça não é o que deveria ser; quando a encenação não é o que parece ser.