GONZAGUINHA: O ETERNO APRENDIZ mostra um pouco da história de um dos maiores compositores e intérpretes brasileiros, que nos deixou há 28 anos e tem como ponto de partida exatamente suas principais ferramentas de trabalho; a música e a palavra.
No palco, o ator ROGÉRIO SILVESTRE dá vida ao personagem central, o próprio Gonzaguinha, interpretando um texto que passeia por momentos marcantes da vida do cantor e compositor carioca; como a infância no Morro de São Carlos (RJ), os primeiros passos na carreira artística, os embates com a ditadura militar e a relação conflituosa com o pai, o rei do Baião, Gonzagão.
O espetáculo apresenta 16 canções assinadas pelo próprio Gonzaguinha – “Explode Coração”, “Recado”, “Começaria Tudo Outra Vez”, “Moleque”, “Sangrando”, “O Que é o Que é?”, “Ponto de Interrogação”, “Eu Apenas Queria Que Você Soubesse”, “Com a Perna no Mundo”, “Grito de Alerta”, “De Volta ao Começo”, “Palavras”, “É”, “Diga Lá, Coração”, “Espere por Mim, Morena” e “Vamos a Luta” – que misturam xote, samba, baião e música romântica que foram gravadas pelos maiores nomes da nossa MPB, como Maria Bethânia, Simone, Joanna, Zizi Possi, Raimundo Fagner, Ângela Maria, Cauby Peixoto e o próprio Wagner Tiso que já participou algumas vezes do espetáculo.
Com o intuito de preservar a memória desse ícone da MPB, o espetáculo apresenta passagens da vida do artista que iniciou sua trajetória na década de 60 em meio aos tropeços da ditadura militar e seguiu cantando seus amores e anseios pela vida.
Os temas que integram o musical também evidenciam como o compositor, numa constante busca, foi um dos poucos a falar com tanto domínio poético e olhar crítico sobre o morro, as questões sociais e o amor, recorrendo sempre a diferentes linguagens e ritmos, como o samba, o bolero e o baião.
Sua música – de refinada composição, mas sem perder de vista a rica cultura popular que lhe serviu de base – deu voz tanto às angústias de um país, durante os anos de chumbo sob a Ditadura Militar, quanto às paixões arrebatadoras que fazem o coração explodir.
Seus sambas, de inspiração contagiante, à exemplo de “O Que é, o Que é?”, são um retrato fiel da alma brasileira.
Horários
Sexta e Sábado às 20h00, Domingo às 19h00.