No espetáculo a personagem narra sua trajetória, expõe seu cotidiano e revela seu olhar de perplexidade diante da vida e dos seres humanos. Andreato escreveu o texto especialmente para Cleide Queiroz. A atriz traz uma relação muito pessoal com a temática proposta, pois é uma mulher negra que durante sua adolescência conviveu com a internação de sua mãe esquizofrênica.
“Por meio da fala de Stela do Patrocínio, pretendemos levar o espectador a uma reflexão acerca da visão que temos sobre loucura e lucidez, bem como chamar sua atenção para como a sociedade enxerga a diferença e lida com o outro”, diz Elias Andreato.
A criação do espetáculo tomou por base o registro em áudio da obra de Stela do Patrocínio realizado na década de 1980 pelas artistas plásticas Neli Gutmacher e Carla Guagliardi, posteriormente, transcrito e organizado por Viviane Mosé no livro “Reino dos bichos e dos animais é o meu nome”.
Este projeto foi contemplado pela 8ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.