Como o próprio nome diz: “passa em revista os acontecimentos do ano, e os comenta humorísticamente. Os fatos são levemente alinhavados por um enredo de comédia. A música, elemento fundamental e grande ponto de sustentação desse tipo de espetáculo, é sempre alegre, graciosa e espirituosa, utiliza estribilhos jocosos e árias risonhas e brejeiras.”
O caráter bufo e satírico do teatro de revista remonta à Grécia Clássica, onde o humor era parte integrante dos espetáculos dionisíacos, da poesia e da filosofia. A partir do século XV e sobretudo com o Iluminismo, as transformações institucionais e intelectuais controladas pela Igreja Católica instauraram uma “nova ordem” nos diversos âmbitos da sociedade, o teatro bufo e as manifestações culturais das classes populares passaram a ser desconsideradas e censuradas. Sem perder seu espaço junto ao público, a encenação burlesca permaneceu em diversas manifestações sociais: no carnaval, nas festas rurais, pastoris, jogos e rituais religiosos. A sátira e a crítica humorada sempre representaram um espaço marginal, no qual as classes populares questionam o domínio político e cultural das elites dominantes.
Espetáculo dos alunos da escola de atores Edu Rodrigues