A obra é distópica ao perpassar três períodos – 1950, 2019 e 2888 – para falar sobre como o processo de colonização construiu sofrimentos psicológicos em corpos negros. Ao trazer essas três instâncias de tempo, que dialogam entre si a obra tem um pessimismo ao pensar e repensar feridas provocadas pela colonialidade. A peça se baseia na tese homônima de Frantz Fanon e tem referências de Os Condenados da Terra, outra obra do mesmo autor. O primeiro livro apresenta a ferida da subjetividade negra; o segundo apresenta uma proposta de ação sobre essa subjetividade falhada ou estragada do negro pela colonialidade. É uma obra de ficção que se vale de teorias e traz personagens analisadas pelo psiquiatra e também filósofo.
Sextas, às 21h30; Sábado (25/1), às 18h30 e Sábado (01/1), às 21h30; Domingos, às 18h30.