A montagem abre ao som de “Me deixa em paz”, de Monsueto, e fecha com “Eu sei que vou te amar”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. A encenação busca instaurar uma atmosfera de intimidade com o público. “A montagem insere os espectadores numa configuração de teatro de arena, onde todos são vistos por todos, criando um ambiente de cumplicidade e espelhamento. Os atores transitam e transformam-se entre o público, envolvendo-o num carrossel de pulsações. Nesse teatro da intimidade, o público vê o que pensa o personagem, espreitando pelo buraco da fechadura a vida psíquica como ela é”, explica o diretor, observando que as histórias reunidas em “Pouco amor não é amor” tratam dos temas mais caros ao escritor, numa espécie de “A vida como ela é…” ampliada.