Aos 67 anos, Luis Arrieta, na sua intuição física, que é o seu modo de perceber o mundo, nos traz essa procura de umbrais que o conduzem a espaços adivinhados, tema presente sempre na sua obra coreográfica.
Umbrais existem intangíveis e concretos povoando o espaço invisível. Portas conduzem para o lado real do que habito. O faro me guia, O faro me engana. Soleira eternamente móvel não reconhece formas. Só a dança que me desintegra tece sua ponte incerta sobre o limiar que só suporta essência. Assim, nu, me recebo do outro lado que não é mais do que este. Umbral.