Projeto promove nova exposição interativa com fotos inéditas, amostras de plantas e animais, espaço para crianças, maquete em 3D, entre outras atrações, a partir de 29 de janeiro.
Quem passar pelo Forte poderá conferir em primeira mão cerca de 200 imagens exclusivas da biodiversidade e do trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, entre elas, algumas inéditas.
Os visitantes também poderão ver de perto mais de 150 exemplares da Coleção Zoológica Didático-Científica, da Seção de Assistência ao Ensino (SAE), do Museu Nacional, salva do incêndio que atingiu a instituição em 2018. Outros exemplares vivos reproduzem um pouco da vegetação encontrada na região. O espaço “Caixa de Escavação” traz a simulação de um sítio arqueológico, como o encontrado por pesquisadores do projeto no topo da Ilha Redonda, em 2011, possivelmente utilizado pelos índios tupi guarani.
A exposição conta ainda com ossadas de golfinhos e baleias; maquete em 3D com o mapa do MoNa Cagarras, além de um “cardume” interativo composto por 40 peixes suspensos em forma de móbile, onde os visitantes podem passar, tocar e aprender sobre as espécies que ocorrem no MoNa Cagarras.
No “Espaço Kids“, os pequenos poderão aprender sobre os animais que moram nas ilhas, noções de meio ambiente através de cartilhas e contação de histórias, além de oficinas de desenho e origamis. Um grande painel interativo traz o zoneamento do costão rochoso, onde as crianças podem conhecer e interagir com as espécies que habitam os diferentes níveis do costão.
DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO:
FOTOS: o acervo conta com 200 imagens exclusivas, entre elas algumas inéditas, como os flagrantes da presença das baleias e orcas na costa carioca, registrados em julho deste ano.
FAUNA – para representar os animais encontrados no MoNa Cagarras, a exposição traz monóculos com fotos das aves, ossadas de grandes proporções de cetáceos, como uma costela de baleia jubarte, além de mais de 150 exemplares de espécies representativas do MoNa Cagarras, que fazem parte da Coleção do SAE (Museu Nacional), como, peixes, invertebrados marinhos, répteis e anfíbios (conservados em álcool); conchas e corais secos; e exemplares empalhados de uma tartaruga marinha e dois tubarões de ocorrência rara. Uma lupa ficará disponível para observação de plânctons (organismos que vivem em suspensão na água), podendo conferir cada detalhe em alta definição.
FLORA – exemplares vivos reproduzem um pouco da vegetação encontrada na região, como bromélias, clusias e espécies nativas que foram replantadas recentemente na Ilha Comprida para a retirada do Capim Colonião, planta invasora de origem africana, que diminui drasticamente a biodiversidade da área em que se estabelece, além de representar risco de incêndio por ser de fácil combustão. Quem quiser, pode ganhar uma semente de uma planta nativa da região, levando um pouco do MoNa Cagarras para casa.
ESPAÇO KIDS – os pequenos poderão aprender sobre meio ambiente e toda a biodiversidade das ilhas através de cartilhas, contações de histórias, oficinas e atividades interativas, como um painel que traz o zoneamento do costão rochoso, onde as crianças podem conhecer e interagir com as espécies que habitam os diferentes níveis do costão.
CAIXA DE ESCAVAÇÃO – simulação de um sítio arqueológico para brincar de ser arqueólogo por um dia, procurando com ajuda de pás e pincéis algumas conchas e réplicas de artefatos arqueológicos, como um machado de pedra polida e um quebra coquinho utilizados pelos índios tupi guarani.
CARDUME INTERATIVO – composto por 40 peixes suspensos em forma de móbile, onde os visitantes podem passar, tocar e aprender sobre as espécies que ocorrem no MoNa Cagarras.
GEOGRAFIA E METODOLOGIA – para entender um pouco mais sobre a geografia da região, uma maquete gigante em 3D traz o mapa das ilhas em proporção. Os visitantes podem ainda conferir alguns instrumentos de pesquisa, como um boneco com equipamento de mergulho completo, utilizado pelos pesquisadores em seus mergulhos científicos. E, para ficar por dentro das leis e regras que delimitam a região, um espaço dedicado exclusivamente ao ICMBio, gestor do MoNa Cagarras, vai fornecer informações sobre a UC e seu uso público.
PALESTRAS – quem quiser se aprofundar ainda mais sobre o MoNa Cagarras, poderá conferir palestras ministradas por pesquisadores do Projeto Ilhas do Rio, revelando curiosidades sobre algumas linhas de pesquisa: aves, cetáceos, qualidade da água e flora. Desde que foram iniciados, os estudos garantidos pelo patrocínio da Petrobras revelaram que mais de cinco mil fragatas habitam a Ilha Redonda, tida como o maior ninhal dessa espécie no Atlântico Sul tecnicamente empatado com a ilha de Alcatrazes, em São Paulo.
O atobá–marrom (Sula leucogaster) também tem uma enorme colônia reprodutiva na Ilha Cagarra com 2,5 mil aves estimadas. Golfinhos e baleias são outros visitantes costumeiros do MoNa Cagarras, considerado uma importante área de descanso e procriação desses animais. Por isso, uma das preocupações do projeto é também monitorar a qualidade da água da região, impactada, principalmente, pela poluição da Baía de Guanabara e do emissário submarino de Ipanema. O inventário florístico inédito, elaborado de 2011 a 2015, contém 157 espécies de plantas, árvores e flores, entre elas, a Gymnanthes nervosa, que não era registrada para o município do Rio de Janeiro desde a década de 1940.
PALESTRAS:
02/02
11:00 às 11:30 – Título: Aves marinhas do MoNa Cagarras – Dra. Larissa Cunha, coordenadora da pesquisa de avifauna do Projeto.
12:00 às 12:30 – Título: Entre saltos e borrifos: baleias e golfinhos do Rio –Dra. Liliane Lodi, coordenadora da pesquisa de Cetáceos do Projeto.
03/02
11:00 às 11:30 – Título: Qualidade das águas no MoNa Cagarras – Dr. Rodolfo Paranhos, coordenador da pesquisa de Qualidade da Água do Projeto.
12:00 às 12:30 – Título: Jardim Botânico e Projeto Ilhas do Rio: a flora do MoNa das Ilhas Cagarras, a beleza e o fogo como aliado –Dr. Massimo Bovini, coordenador da pesquisa de Flora e Controle do Capim Colonião.