A trajetória do Saves the Day é, também, a história da vida de muitas pessoas, que cresceram junto com a banda nestas últimas duas décadas. Em 1997, Chris Conley (vocalista/guitarrista) reuniu alguns amigos de Nova Jérsei e, dois anos depois, lançaram Through Being Cool, lembrado até hoje como um dos mais impactantes e influentes discos da segunda leva do emo, ou pop punk, à época comparado à energia de um disco do Weezer.
O tom confessional das canções, os riffs alegres e as batidas para dançar logo jogaram o Saves the Day ao primeiro escalão do rock alternativo e, enfim, é a vez do Brasil recebê-los em 2019.
O momento é importante para o Saves the Day, que lançou em 2018 o autobiográfico9, o nono álbum da carreira que ainda funciona como uma espécie de rock ópera da banda.
Se Through Being Cool é um grito de liberdade e rebeldia a partir de um movimento – a segunda leva do emo – que crescia forte ao lado de outras bandas também relevantes até os dias atuais, como Taking Back Sunday, The Get Up Kids eThursday, 9 é a síntese de todas as experiências, conquistas, angústias e vitórias de Chris Conley – ou a perfeita trilha sonora da passagem da adolescência à fase adulta, seja da banda como dos fãs.
As constantes troca de integrantes, o acidente de van, contrato com uma grande gravadora e as impressionantes turnês pelos Estados Unidos e Europa são repassados em 9, tudo contado pela perspectiva de Conley por meio de uma poética que aproxima o ouvinte dos relatos. A faixa de abertura homônima à banda, por exemplo, é um testamento de amor aos fãs, conta o frontman. Ao vivo, muitas destas músicas vão compor o set list especial para a tão aguardada estreia no Brasil, mas hits de outros discos também serão executadas. É uma promessa do Saves the Day.