07 dez 2018

Tambores de Ogum e Orquestra Histórica do Brasil Cantam Clara Nunes

Postado por Redação Instituto Pinheiro em 21/11/2018 - 11:55:41

“Tambores de Ogum e Orquestra Histórica do Brasil cantam Clara Nunes”, espetáculo a ser realizado no Teatro Cacilda Becker. Foi idealizado para homenagear Clara Nunes, cantora que ao longo dos anos 1970 conquistou o país ao trazer para nossa música popular a temática da religiosidade afro-brasileira.

 

O espetáculo terá Paulo Lohan cantando várias das músicas mais significativas do repertório de Clara Nunes, entre elas “Guerreira”, “Conto de areia”, “Senhora das candeias”, “Canto das três raças” e “A deusa dos orixás”. Lohan é professor de canto da Escola Curimba Tambores de Ogum, escola no bairro da Lapa que desde 2009 ministra aulas de toques e cantos de terreiro, promovendo a musicalidade umbandista.

 

O cantor será acompanhado por toques de atabaque de três alunos da escola e pela Orquestra Histórica do Brasil, sob direção do maestro e violoncelista João Guilherme Figueiredo, professor do Conservatório de Tatuí. Na origem dedicada à música dos períodos barroco e clássico, a orquestra se apresentará com uma formação instrumental ajustada ao repertório ? quinze músicos, incluindo cordas, sopros, guitarra e percussão africana.

 

Filha de Ogum com Iansã ? A mineira Clara Nunes (1942-1983) começou a cantar em Belo Horizonte, ainda na juventude. Por longos anos dedicou-se aos boleros e sambas-canções. Foi só no final dos anos 1960, quando se mudou para o Rio de Janeiro, que Clara descobriu os sambas de raiz.

 

Aproximou-se logo depois das religiões de matriz africana e se converteu ao candomblé. Começou então a construir uma nova imagem artística, associada ao universo cultural afro-brasileiro. Passou a se apresentar só de branco, de pés descalços, estudou expressão corporal e dança afro. Em pleno período da ditadura militar, marcado pela censura dos meios de comunicação e da produção artística, Clara Nunes fez com que essas religiões chegassem a um público muito mais amplo do que os dos terreiros. E fez isso de uma forma positiva, apresentando o lado bonito, alegre, vibrante e mágico das religiões de origem africana.

 

Clara fez de seu canto louvação e saudação aos Orixás e às forças da natureza. Numa das músicas mais emblemáticas de sua carreira, “Guerreira”, de Paulo César Pinheiro e João Nogueira, Clara canta: “Sou a mineira guerreira / Filha de Ogum com Iansã” ? embora em Olinda, no terreiro de Pai Edu, tenha vindo a se descobrir filha de Ogum e Xangô; foi batizada a essas divindades nas águas do rio Capibaribe em 1972.

 

Sua carreira deu um salto, e a projetou como uma das grandes cantoras brasileiras da época. Clara Nunes alcançou um sucesso sem precedentes. Foi ela a primeira cantora brasileira a bater a marca de 100 mil discos vendidos ? com o LPAlvorecer, de 1974, que só naquele ano vendeu mais de 300 mil cópias. O sucesso se repetiria com os discos lançados nos anos seguintes, nos quais ela aprofundou sua relação com o misticismo da umbanda. Continuava com sua carreira em ascensão, e cada vez mais valorizada no cenário artístico brasileiro, quando veio o inesperado de sua morte, em abril de 1983, aos 40 anos, após uma reação alérgica durante uma simples cirurgia de varizes. O país inteiro entrou em comoção.Mas ainda hoje, passados 35 anos, a voz de Clara Nunes permanece viva, continua conquistando a todos com sua forte energia ? como será mostrado e demonstrado no espetáculo “Tambores de Ogum e Orquestra Histórica do Brasil cantam Clara Nunes”.

Data: 07/12/2018
Horário: 20:00
Quando: Sexta
Valor: Grátis
Site/E-mail: www.teatrocacildabecker.com.br
Fonte: Assessoria de Imprensa Gabinete de Comunicação
Local: Teatro Cacilda Becker
Endereço: R. Tito, 295 - Vila Romana
Telefone: (11) 3864-4513

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