Marcelo Médici e Ricardo Rathsam escreveram, dirigiram e protagonizam a comédia TEATRO PARA QUEM NÃO GOSTA. A dupla de atores traça um panorama dos gregos antigos, passando pelo teatro de revista, musicais, stand-up comedies, youtubers e a adaptação de alguns clássicos como Romeu e Julieta. Despretensiosamente, levantam uma simples questão: o teatro morreu? “Brincamos que o teatro está acabando, porque a gente vive uma grande crise econômica e claro que a bilheteria está refletindo esse problema. Já passamos pelas inovações do rádio, cinema, tv, tv em cores, tv a cabo e agora outras plataformas, como a internet. O público sempre fica. O teatro persiste, continua, é eterno. 3D. E aí a gente conta a história do teatro. Na humanidade e no Brasil, de uma forma cômica, claro. São peças desde a tragédia grega aos dias de hoje. É um panorama”, descreve Médici, que estreia TEATRO PARA QUEM NÃO GOSTA dia 26 de outubro, sábado, no Teatro dos 4 – Shopping a Gávea.
“Tem muita gente que não costuma frequentar o teatro, mas vem atraído pelo título, rs. Pretendemos contar a história do teatro, porém sem didatismo. Comecei a fazer um trabalho de pesquisa para escrever o texto, entretanto, quase não aproveitei nada do meu estudo, pois fiquei com medo de parecer uma aula”, conta Rathsam, que dividiu o palco com o Médici em Eu Era Tudo Para Ela e Ela me deixou e é coautor de Cada Um Com Seus Pobrema e Cada Dois Com Seus Pobrema. São 32 personagens em TEATRO PARA QUEM NÃO GOSTA. Médici faz vinte, entre eles A Pequena Sereia, enquanto Ricardo interpreta doze, inclusive A DAMA DAS CAMÉLIAS. Sempre na estética de besteirol moderno, os atores recontam a tragédia grega Édipo Rei de Sófocles, encenam Shakespeare, brincam com o surgimento do teatro moderno, satirizam os musicais e celebram o teatro de revista. Ao encenar o clássico de Sófocles, a dupla lança mão de personagens como o Mico Leão Dourado – de Cada um com Seus Pobrema, e modernizam Romeu e Julieta.
Com produção de Rodrigo Velloni, figurinos de Fábio Namatame, trilha de Ricardo Severo, luz de Adriano Tosta, cenário e supervisão de direção de Kleber Montanheiro, Médici e Rathsam criaram um espetáculo que conversa com o contemporâneo e o clássico, de uma forma dinâmica e orgânica, misturando estéticas e linguagens teatrais. “A ideia da peça surgiu quando assisti ao Jô Soares falando de um comediante italiano, o Vittorio Gassman, que fazia a história do teatro em 1 hora. Era um solo. Fiquei com isso na cabeça, durante uns 10 anos. E agora, eu e Ricardo, responsável por 90% do texto, estamos em cena”, revela Marcelo. A peça estreou em agosto de 2018, em São Paulo, e recebeu, na categoria melhor comédia do ano, o prêmio de Humor – do Fábio Porchat. Foi indicada, também como melhor comédia, ao prêmio Risadaria.
”Tem gente que vem apenas para rir, dizem que esse objetivo é alcançado e tem gente que agradece pela aula, rs”, brinca Ricardo, que foi indicado como melhor performance no Prêmio de Humor, por sua atuação em TEATRO PRA QUEM NÃO GOSTA. O teatro já teve a importância que a internet tem hoje. Na Grécia antiga era fonte de informação e novidades. Através do humor, TEATRO PARA QUEM NÃO GOSTA põe em pauta a crise do próprio. Médici e Rathsam passeiam, aprofundam e fazem o público rir, num percurso pela história do teatro mundial e brasileiro.
Horários
Sexta e Sábado às 21h00, Domingo às 20h00