Nesta apresentação inédita, dentro da série Jobim 93 – Saudades do Brasil, um dos mais importantes pianistas e arranjadores brasileiros, Tiago Costa mergulha no trabalho de Jobim na década de 70, com especial ênfase nos discos Matita Perê e Urubu.
“De maneira rudimentar é possível dividir a obra do Jobim em três principais fases. Uma primeira, que engloba os primeiros anos e a fama internacional com a Bossa-Nova; uma intermediária, onde aflora a natureza e o impressionismo sinfônico; e a fase final que envolve a produção dos anos 80 e 90. Todas verdadeiramente geniais e distintas entre si. Apesar de fã do Tom do início ao fim eu sempre tive um fascínio especial pela atmosfera e colorido desta fase intermediária que ocorre principalmente nos anos 70 e tem nos discos Urubu e Matita Perê dois momentos mágicos da música brasileira. Um prazer estar visitando este universo com músicos especialíssimos escolhidos a dedo para esta apresentação.” Tiago Costa.
“É um negócio engraçado. Estou realmente entusiasmado com esse disco… Como dizer, por exemplo, Matita Perê? Estou fazendo letras, coisa que nunca fiz com essa força. Fiz letras, sim, mas falando de Corcovado, etc. ‘Matita’ fala outra linguagem, não é música romântica, não tem amor nem mulher. … Claro que esta linguagem eu devo a muitas pessoas que admiro, a Guimarães Rosa, a Drummond, a Mário Palmério. Mas só se pode roubar a quem se ama”. Tom Jobim (Livro O Cancioneiro Jobim).