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Tom Na Fazenda

Postado por Redação Instituto Pinheiro em 07/01/2020 - 10:58:53

Obra do premiado autor canadense Michel Marc Bouchard aborda a inabilidade do indivíduo para lidar com o preconceito, violência e fracasso.

 

Idealizador do projeto, Armando Babaioff assina a tradução do texto e divide a cena com Soraya Ravenle, Gustavo Vaz e Camila Nhary. Direção de Rodrigo Portella.

 

Espetáculo vencedor dos prêmios da Associação de Críticos de Teatro de Québec, Censgrario, Shell, APTR, Botequim Cultural, Questão de Crítica, Cenym e APCA.

 

Uma das peças mais aplaudidas e premiadas de 2017 e 2018, Tom na Fazenda estreou em março de 2017, no Teatro Oi Futuro. De lá pra cá, a peça fez mais de cento e oitenta apresentações em sete temporadas no Rio de Janeiro e uma em São Paulo e já foi vista por mais de 25 mil pessoas. Idealizado pelo ator e produtor Armando Babaioff, que também assina a tradução, a montagem é dirigida por Rodrigo Portella. Tom na Fazenda traz no elenco Kelzy Ecard, Gustavo Vaz e Camila Nhary, além do próprio Babaioff.

 

Em junho de 2018, Tom na Fazenda foi apresentado no Festival TransAmériques (FTA), em Montreal, no Canadá. O FTA é um dos festivais mais importantes da América do Norte e a peça era a única representante brasileira. A indicação foi do próprio autor da obra, o dramaturgo canadense Michel Marc Bouchard, que mora em Montreal e assistiu à peça em sua estreia, no Rio. No FTA, as sessões de Tom na Fazenda ganharam legendas em inglês e francês. Ainda em 2018, a peça participou do Festival de Curitiba (abril), do Festival Palco Giratório do SESC, em Porto Alegre (maio), do Festival de Inverno de Garanhuns (julho) e do Festival Cena Contemporânea, em Brasília (agosto).

 

Em 2019, o espetáculo Tom na Fazenda foi contemplado com o Prêmio Tônia Carrero de Teatro e circulou pelas zona oeste e norte do Rio de Janeiro, além de uma apresentação em Rio das Ostras, região dos Lagos. E no mês de março, estreou sua oitava temporada, primeira na cidade de São Paulo, no Sesc Santo Amaro. Em maio, fez uma circulação por cinco teatros da rede SESI-Firjan, em julho fez duas apresentações no FIT Rio Preto, SP e em setembro fez duas apresentações no Sesc Santos, SP.

 

A peça é baseada na obra Tom à la Farme, do autor canadense Michel Marc Bouchard. Foi numa conversa com um amigo que Babaioff tomou conhecimento do filme Tom na Fazenda (2013), adaptação da peça homônima, com direção do franco-canadense Xavier Dolan. Arrebatado pela obra, o ator começou a traduzir a peça, que aborda a inabilidade do indivíduo para lidar com o preconceito, a impotência, a violência e o fracasso.

 

Em cena, o publicitário Tom (Armando Babaioff) vai à fazenda da família para o funeral de seu companheiro. Ao chegar, descobre que a sogra (Kelzy Ecard) nunca tinha ouvido falar dele e tampouco sabia que o filho era gay. Nesse ambiente rural e austero, Tom é envolvido numa trama de mentiras criada pelo truculento irmão (Gustavo Vaz) do falecido, estabelecendo com aquela família relações de complicada dependência. A fazenda, aos poucos, vira cenário de um jogo perigoso, onde quanto mais os personagens se aproximam, maior a sombra de suas contradições.

 

“Somos felizardos em poder contar essa história e gratos à trajetória que a peça está realizando sem qualquer recurso vindo de leis de incentivo. Estreamos em março de 2017 no Oi Futuro, com patrocínio da Oi, mas findada a temporada, ficamos sem apoio. A nossa grata surpresa foram as temporadas nos teatros o Teatro SESI Centro e Teatro Dulcina, salas com mais de 300 lugares que, para nosso espanto, ficaram lotadas. Tivemos fôlego ainda para uma temporada no Poeirinha, no Teatro Cesgranrio, com ingressos esgotados”, comemora Babaioff. “Manter o espetáculo em cartaz enquanto tiver público para nos assistir se tornou uma regra. Temos que resistir neste tempo em que a cultura é atacada de uma forma muito covarde e cruel”, completa. A última temporada no Rio de janeiro foi no Imperator – Centro Cultural João Nogueira, em novembro de 2019.

 

A peça conta uma história bastante comum entre jovens de várias gerações, mesmo de culturas diferentes. No Canadá, no Brasil, no Oriente Médio, no Japão ou na África do Sul, homens e mulheres jovens aprendem a mentir antes mesmo de aprenderem a amar. As famílias, guardiãs das normas sobre a sexualidade, garantindo sempre a heteronormatividade, inserem nos próprios membros a semente da homofobia.

 

“Todo redemoinho que devastará a vida dos que fogem das normas surge no núcleo de suas próprias famílias”, comenta Rodrigo Portella, que opta, mais uma vez por uma encenação com poucos elementos para que as sutilezas das relações propostas pelo texto se sobressaiam. “Bouchard compôs uma obra de estrutura impecável. Ele vai fundo nas contradições dos seus personagens, o que os torna muito próximos de nós”, acredita o diretor.

Data: 01/01/2020 até 16/01/2020
Horário: 19:30
Quando: Sexta à Domingo
Valor: 80,00
Fonte: Sympla
Local: Teatro Petra Gold
Endereço: Rua Conde Bernadotte - Leblon

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