Em um contexto de distanciamento social, de que forma é possível reinstaurar a presença compartilhada entre atores e espectadores? Que novos modos de interação podemos construir em conjunto, em diálogo, num tempo de suspensão? Concebido a partir das especificidades do momento atual, “Tudo que coube numa VHS” busca propor estratégias artísticas que respondam à singularidade do período que vivemos e às necessárias restrições que o caracterizam. Neste trabalho, a dramaturgia percorre múltiplas plataformas digitais e compõe para cada espectador uma experiência estética particular, na qual também ele opera como agente de construção. A proximidade das relações de contato entre atores e público, traço recorrente nos espetáculos do Magiluth, encontra nesta obra formas de transposição que procuram suscitar reações singularizadas, deslocar a dinâmica de conexão com o espectador e estender-se para além do tempo de uma apresentação.