A introdução do feminismo desde a infância é importante para a compreensão e a luta conjunta de sexos para uma sociedade igualitária. É importante também para que, em especial, as meninas, criem a perspectiva de que elas podem fazer tudo o que quiserem e que seu gênero não as impede de nada.
“Ao observar e interagir com as meninas de 1 a 6 anos, percebi que todos os estímulos e influências direcionados à elas tinham como objetivo tratá-las como ‘princesas delicadas’, constantemente reforçando o estereótipo de inferioridade do gênero feminino. Enquanto para os meninos são direcionados jogos, brinquedos e atividades que procuram desenvolver seu raciocínio lógico e habilidades físicas, como se as meninas fossem ‘muito delicadas’ ou ‘não fossem ter interesse’ por jogos de montar, por exemplo. Uma vez ouvi de uma menina de 4 anos: ‘eu não sou princesa, sou uma pessoal normal’”, relata a educadora infantil Olívia Coelho para a reportagem “Empoderamento infantil: feminismo e equidade para crianças”, publicado pela Revista Fórum. Para Olívia, os adultos reforçam esses valores mesmo que não percebam – por isso, focar no empoderamento infantil significa oferecer às meninas uma chance de escolher seu próprio papel e resistir os paradigmas que as tratam como frágeis e inferiores.
Como Andes e Atacama, as Clês contam a trajetória da revolucionária compositora e artista múltipla chilena Violeta Parra que precisou superar a segregação de gênero e classe para fazer sua música e traçar sua própria história.