As fotografias são um convite para o espectador voltar o olhar a si próprio, buscar a luz interior e refletir sobre o verdadeiro valor do “ter e ser”. A exposição, que acontece na Gabriel Wickbold Studio & Gallery.
O novo trabalho se contrapõe a última série, “I am Online”, em que Wickbold discute a sensação de sufocamento causada pelo excesso de conectividade e informação. Assim, em seu quinto ensaio autoral, ele traça o caminho inverso e busca captar em suas lentes o que há de mais puro e verdadeiro, a conexão com o eu interior.
O artista usa o obturador para literalmente descortinar a luz em suas instalações humanas, sua marca registrada, fazendo uso de pintura e aplicação de glitter nos modelos. O resultado são verdadeiras explosões de cores e efeitos de luz, que transformam a câmera em um leitor de auras, capaz de reproduzir essa intensidade que o fotógrafo quer demonstrar em sua série.
“‘I am light’ transcende o rosto aparente, a fraqueza do ser que deixa a esfera divina penetrar. A luz é o componente principal neste novo ensaio, onde os corpos são livres, imponentes e fortes. Por meio da luz emanada das fotos, o espectador pode iluminar seu próprio corpo e consciência”, reflete Gabriel.
Integrante da agitada cena das artes jovem, que busca desmistificar a arte e aproximá-la de todos, Gabriel é um dos poucos artistas que exerce também a função de galerista. “Eu me divirto vendendo as obras. A gente não pode se levar tão a sério, a gente é artista”, comenta. É com esse tom leve que conquista cada vez mais seu público. Impactantes e transcendentais, parte das novas obras foram pré lançadas em exposição realizada em setembro deste ano, no arrojado empreendimento Jardim, de Isay Weinfeld, no bairro do Chelsea, em Nova Iorque.