Pesquisadores da Universidade de Washington sugeriram, através de um novo projeto sobre a longevidade humana, que a expectativa de vida das pessoas poderia alcançar 130 anos em casos raros no século XXI, seguindo uma tendência natural e histórica de aumento de pessoas centenárias nas últimas décadas.
Atualmente, cerca de 500 mil centenários — de 100 a 110 anos — existem pelo planeta, registrando a maior incidência de casos na história. O século XX se destacou, também, pelo surgimento de alguns supercentenários, ou seja, que viveram mais de 110 anos, e apesar de poucos estarem vivos agora, como a japonesa Kane Tanaka (118), seus aparecimentos indicam uma inclinação importante para a comunidade terrestre, visto suas considerações para políticas governamentais e relevância em estudos de saúde e estilo de vida.
“As pessoas são fascinadas pelos extremos da humanidade, seja a ida para a lua, quão rápido alguém pode correr nas Olimpíadas, ou até mesmo quanto tempo alguém pode viver”, diz Michael Pearce, doutorando em estatística e autor principal da pesquisa. “Com este trabalho, quantificamos a probabilidade de que algum indivíduo atinja várias idades extremas neste século.”
O estudo utilizou modelagem estatística para examinar os extremos da vida humana e foi fundamentado nos possíveis limites para a chamada “idade máxima relatada na morte”, colocando especialistas para discutir sobre as condições de se atingir os patamares de supercentenários. Dessa forma, Pearce e sua equipe questionaram qual a maior idade humana que existirá até o ano de 2100 e, usando a conhecida ferramenta de estatísticas bayesianas, estimaram que uma pessoa poderá viver entre 125 e 132 anos até o final do século.
As descobertas da pesquisa
Após recorrerem à atualização mais recente do Banco de Dados Internacional sobre Longevidade, que rastreia supercentenários de dez países europeus, além do Canadá, Japão e Estados Unidos, as projeções para a idade máxima entre 2020 e 2100 indicaram 100% da probabilidade de que o registro recorde de Jeanne Calment — 122 anos e 164 dias — seja quebrado.
Além disso, há 99% de probabilidade de vida até 124 anos, 68% de até 127 anos e 13% de alguém viver até os 130 anos, porém é “extremamente improvável” que surjam supercentenários de 135 anos.
“Não importa quantos anos eles têm, uma vez que chegam aos 110, eles ainda morrem no mesmo ritmo”, conclui Raftery. “Eles superaram todas as várias coisas que a vida joga em você, como doenças. Eles morrem por razões que são um pouco independentes do que afeta os mais jovens. Este é um grupo muito seleto de pessoas muito resistentes.”
Fonte: Assessoria de Imprensa Caldi Comunicação.
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