Segundo análises realizadas por pesquisadores da Universidade de Nebraska-Lincoln, EUA, um antigo habitante da cidade de Lower Pecos Canyonlands, no Texas, morreu há cerca de 1 mil anos por constipação, após desenvolver inchaço do cólon e desnutrição. Curiosamente, as pesquisas indicam que seus últimos meses de vida foram à base de uma dieta de gafanhotos, aparentemente o único alimento que ele seria capaz de digerir.
No ano de 1937, um homem chamado Guy Skiles identificou os restos mortais do americano nas proximidades de Rio Grande e Pecos Rivers, no sul do Texas. O corpo, que dava sinais de ter sofrido um processo de mumificação natural devido às condições climáticas extremas, acabou sendo transportado para o museu Institute of Texan Cultures, onde ficou até o ano de 1968. Após isso, foi levado para uma equipe científica, até que em 1986 ganhou sua primeira descrição em um artigo publicado na revista Plains Anthropologist.
Agora, o uso de tecnologias mais modernas como um microscópio eletrônico de varredura permitiu que os especialistas conseguissem compreender como se passaram os últimos meses de vida da múmia, assim como as consequências trágicas da presença de um parasita em seu organismo.
A dieta dos gafanhotos
De acordo com as pesquisas, o texano foi acometido por doença de Chagas, causada pelo protozoárioTrypanosoma cruzi, que acabou bloqueando seu sistema gastrointestinal. Com a alimentação extremamente limitada devido a um inchaço no cólon — condição conhecida como megacólon —, não demorou para que ele entrasse em uma situação de desnutrição severa, e a única forma de contornar os sintomas seria encontrando uma alternativa de dieta.
“Então, eles [a família ou amigos] estavam dando a ele principalmente o corpo rico em fluidos – a parte degustável do gafanhoto”, disse Karl Reinhard, autor do projeto. “Além de ser rico em proteínas, era muito rico em umidade. Portanto, teria sido mais fácil para ele comer nos estágios iniciais de sua experiência de megacólon.”
Os gafanhotos, digeridos sem suas pernas, foram identificados com restos de plantas que sofreram uma “pressão incrível” no sistema intestinal, concluindo as análises de um dos casos mais bem desenvolvidos de megacólon já conhecidos, onde o bloqueio chegou a ser considerado “único nos anais da patologia”.
Fonte: Mega Curioso.
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