De acordo com um recente comunicado, emitido pelo British Antarctic Survey (BAS) à imprensa internacional, um iceberg, com 150 metros de espessura e 788,579 quilômetros quadrados, se separou da plataforma de gelo de Brunt, no dia 26 de fevereiro deste ano. A seção que, segundo o instituto, é maior do que a cidade de Nova York, se rompeu próximo à Estação de Pesquisa Halley da BAS, que teve que ser fechada temporariamente no início deste mês.

 

Iceberg

Conforme expôs uma reportagem da CBS News, a estação de pesquisa provavelmente não será afetada pelo intervalo. Os pesquisadores dizem que a primeira indicação de parto veio em novembro de 2020, quando uma fenda, conhecida como North Rift, começou a se abrir em direção ao abismo Língua Glaciar Stancomb-Wills, a quase 23 quilômetros de distância da estação de pesquisa.

 

“A rachadura que provocou a liberação do Iceberg se alargou centenas de metros em poucas horas na manhã do dia 26 de fevereiro, o que acabou liberando o fragmento de gelo do resto da plataforma”, revelou o comunicado emitido pelo BAS.

 

O Diretor de Operações da BAS, Simon Garrod, chamou o intervalo de “uma situação dinâmica”. Três rachaduras foram detectadas ao longo de uma década, incluindo Halloween Crack e Chasm 1. “Nosso trabalho agora é ficar de olho na situação e avaliar qualquer impacto do parto atual na plataforma de gelo que se manteve”, disse Garrod.

 

Em entrevista à CBS News, Dame Jane Francis, diretora do British Antarctic Survey, revelou que a equipe de pesquisadores da estação estava se preparando há anos para tal evento, monitorando os movimentos e deformações da plataforma de gelo de Brunt, mesmo quando o BAS não estava atuante.

 

“Os pesquisadores ficam na estação apenas no verão, pois os meses de inverno, por serem escuros e altamente frios, dificultam a evolução de estudos de observação”, explicou a profissional.

 

Até o momento, nenhum dos pesquisadores sabem dizer ao certo o que o rompimento pode acarretar. “Nas próximas semanas ou meses, o iceberg pode se afastar ou pode encalhar e permanecer perto da plataforma de gelo de Brunt”, acrescentou Francis.

 

O que pode acontecer

Um Iceberg com o tamanho de uma cidade, geralmente, promove uma série de situações complicadas. Segundo os pesquisadores, essas gigantes pedras de gelo, que ocasionalmente podem chocar-se em qualquer região do oceano que seja relativamente mais rasa do oceano, acarretam uma série de danos que, muitas vezes, podem ser irreversíveis.

 

Quando, por exemplo, Icebergs extremamente grandes se aproximam da costa, a vida dos pinguins sofre diversas interferências. Diante de tal situação, as aves precisam superá-los para chegar ao mar aberto e encontrar comida. A tarefa, que já é árdua, torna-se ainda mais difícil. E não somente para os adultos, mas também para os filhotes, que quando nascem nos arredores destes icebergs, podem, infelizmente, até morrer de fome – o que acaba fazendo com que a proliferação de algumas colônias sejam inviáveis.

 

Além de interferir na vida dos animais que habitam a Antártida, os gigantes Icebergs ‘criam’ o próprio habitat. Ao começar a derreter, os Icebergs acabam promovendo uma diminuição na temperatura dos mares e, consequentemente, deixam a água menos salgada, bem como promovem uma maior liberação de ferro, colocando, assim, algas e plânctons na base da cadeia alimentar.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos.


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.