Um homem de 83 anos identificado como Liu teve mais de 100 pedras retiradas de sua bexiga em uma única cirurgia. O caso ocorreu na província de Jiangsu, oeste da China, e foi compartilhado pelos médicos do Hospital Zhongda, que trataram o caso.

 

Segundo os profissionais, o paciente chegou à emergência reclamando de dores ao urinar e logo foi examinado pela equipe, que decidiu fazer um raio-X. O resultado foi surpreendente: na imagem, era possível observar diversas pedras de tamanhos diferentes dentro do órgão do paciente.

 

“Após uma inspeção cuidadosa, ficamos surpresos ao descobrir que a bexiga dele estava cheia de pedras”, afirmou Sun Chao, um dos médicos de Liu, ao Pear Video. “Durante a operação, a bexiga foi aberta e um grande número de pedras foi retirado. Havia mais de 100 grandes e pequenos cálculos”, disse o profissional ao Nanjing Daily.

 

De acordo com os médicos, pedras na bexiga são fragmentos de minerais que podem se formar dentro do órgão quando a pessoa segura muita urina e consome pouco líquido. Mas casos como o de Liu não são comuns: segundo os profissionais, o paciente contou ter dificuldades para urinar há pelo menos uma década, mas disse nunca ter procurado ajuda antes.

 

O caso do chinês foi agravado pelo fato de ele sofrer de hiperplasia prostática benigna (HPB), um aumento não canceroso da próstata que causa dificuldade para urinar. Segundo os especialistas, a condição é comum e afeta metade dos homens com mais de 50 anos e 90% daqueles com mais de 80 anos.

 

“Depois que as pedras na bexiga de Liu foram removidas, uma análise de componentes foi realizada para determinar se [sua composição] tinha altos níveis de ácido úrico”, explicou Sun Chao. Segundo o médico, idosos têm alto teor dessa substância na urina, mas os especialistas ainda não sabem se esse fato pode contribuir para a formação de pedras na bexiga.

 

Para evitar casos como o de Liu, Sun Chao recomenda o consumo de pelo menos dois litros de água por dia, tal como uma alimentação saudável e idas regulares ao médico. “Eu trabalho nesse campo há mais de 10 anos e nunca tinha visto um caso como esse”, afirmou o especialista.

 

Fonte: Revista Galileu.


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