Inclusão é a palavra da moda. Pensando no contexto social, o termo fica bem bonito, concordam? Mas há de se pensar que no Brasil temos mais de 45 milhões de Pessoas com Deficiências (PCDs) o que representa 24% da nossa população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Ao realizar consultorias e ministrar aulas, percebo claramente que a nossa população não possui muitos conhecimentos de como funciona o processo seletivo para essas pessoas. Haja vista, que não há grande procura de PCDs para as vagas solicitadas.

 

Um motivo é que, em alguns casos, as vagas não são atrativas. Em outros casos, as pessoas não possuem a qualificação necessária para estarem ocupando aquela vaga. Além disso, também não temos práticas que sejam reais e possam cercear como base para uma sociedade mais inclusiva de forma REAL (isso com letras maiúsculas). Pois, há ainda muitas barreiras para que a sociedade se eduque para trabalhar, conversar, falar sobre e com os portadores de deficiências.

 

A lei determina que empresas, com mais de 100 funcionários, tenham colaboradores que sejam PCDs. E que estas reservem de 2% a 5% das vagas para pessoas com deficiências. Mas novamente vai a pergunta: “A cidadania no país é valorizada?”

 

Essas pessoas também precisam trabalhar e estudar, até para se ter condições de ter uma profissão, uma atividade remunerada. Mas, além disto, podemos falar dos nossos espaços públicos, que não são inclusivos, do nosso transporte, que também não é inclusivo. E, principalmente, dos locais de trabalho, que em muitos casos não possui adaptação para esse novo colaborador. Sendo assim, digo de antemão, não queira contratar apenas para sanar a lei.

 

Faça o processo e tenha PCDs na sua empresa para que a sua empresa, seja uma empresa cidadã. Ainda por cima, possa vender uma imagem de empresa que lida com motivação, com a inclusão e colabore para uma sociedade melhor e para que essa lei seja cumprida. Mas não apenas a lei, mas, sim, a lei do ser humano: de ser e poder mais a cada dia, como indivíduo produtivo além de sua deficiência.

 

Psicóloga Livia Marques.

 

 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa Drumond.


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