A inteligência é algo que se adquire ao longo da vida. Um pouco dela talvez venha da herança genética, é fato. Mas boa parte é resultado de estudos e da vivência de cada um. Além do mais, existem tipos diferentes de inteligência. Por exemplo, a inteligência emocional. Ela é a capacidade de regular e perceber emoções.

 

Esse tipo de inteligência tem sido assunto de vários debates entre os cientistas e o público. Por mais que a maioria concorde que ser capaz de ler outras pessoas e controlar seus próprios sentimentos são coisas positivas e que varia de pessoa para pessoa, definir e medir essas características não é uma coisa fácil.

 

Então foi perguntado a 13 especialistas em psicologia se “existe evidência científica para inteligência emocional?”. A maior parte dos especialistas disse que sim.

 

O que é

 

O termo inteligência emocional, ou EI, foi cunhado pela primeira vez no começo dos anos 1990 e foi definido como a capacidade de expressar, controlar e perceber emoções.

 

Desde então, vários estudos foram feitos nessa área e conseguiram identificar diferentes tipos de EI. Segundo o professor Leehu Zysberg, um especialista do Gordon College of Education, os mais comuns são o Traço EI e a Capacidade EI.

 

“Traço EI depende de medidas de autorrelato que correspondem e se associam significativamente a outras medidas de personalidade. Na pesquisa atual, são geralmente os ‘cinco grandes’ traços de personalidade”, explicou.

 

Os chamados “cinco grandes traços de personalidade” são: extroversão, afabilidade, abertura, consciência e neuroticismo. E Zysberg continua explicando que “as correlações entre as medidas do traço EI e os traços de personalidade são tão altas que se pode alegar que o EI pertence a um ou mais ramos dos cinco grandes”.

 

Evidência

 

A maioria dos especialistas concorda que existem evidências científicas para a inteligência emocional. Isso acontece porque os escores de EI podem prever outros resultados que são mensuráveis de uma maneira parecida com o QI. Além de ter sido demonstrado que a alta capacidade de EI está ligada a relacionamentos positivos e sucesso na carreira.

 

Conforme explica Brian Partido, especialista da Ohio State University, “a saúde mental, a saúde física e a satisfação com a vida têm sido associadas a uma alta inteligência emocional. Mais recentemente, descobriu-se que a inteligência emocional é um indicador do desempenho acadêmico e clínico entre estudantes de higiene dental”.

 

Um outro exemplo é dado por Carrie Lloyd, especialista da Northcentral University. “O aumento da EI tem um efeito benéfico em termos do estado atual de depressão. Meu estudo indicou que para cada aumento de 1 ponto na pontuação escalonada do EQ, o risco de depressão diminuiu 5%. Este é um resultado altamente significativo, pois fornece evidências claras de que a inteligência emocional e a depressão estão fortemente relacionadas na população idosa”.

 

Medir

 

Os vários tipos de inteligência emocional são medidos de formas diferentes. O traço EI é medido por meio de testes de autorrelato, como testes de personalidade. A capacidade EI é verificada usando testes como o MSCEIT. Ele usa problemas baseados na emoção para testar a consciência emocional.

 

No geral, medir a inteligência emocional é bem difícil. Especialmente porque os pesquisadores ainda não têm uma compreensão clara do que ela é exatamente.

 

“A resposta a esta pergunta depende da definição e medição da inteligência emocional. O construto é complexo e sua medição, muitas vezes baseada em autorrelatos, é frequentemente falha. A construção mais ampla de inteligência emocional como uma capacidade de reconhecer as emoções de alguém e de outras pessoas e regular as emoções para se adequar às características da situação é provavelmente real. Mas sua medição requer métodos caros pelos quais muitas empresas e acadêmicos não estão dispostos a pagar”, concluiu Igor Grossmann, um especialista da Waterloo University.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos.


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