Esqueça os ventos fortes, a dramática chuva ou qualquer outro fator que o lembre o que é uma tempestade. Nosso foco aqui é outro tipo de tempestade, uma que pode ser mais devastadora do que as que estamos habituados. Vamos falar de tempestade solar.

Você sabe o que é uma tempestade solar? Sabe o que aconteceria se a Terra, nosso lindo planeta, fosse vítima de uma do tipo? Você sabe que, por exemplo, se uma tempestade solar grave o suficiente atingir a Terra, nossa tecnologia pode ser exterminada? Além disso, seria muito difícil se recuperar de tal catástrofe.

O fenômeno

De acordo com uma publicação do portal Hypescience, o termo tempestade solar é usado para descrever inúmeras ações promovidas pelo Sol, incluindo, por exemplo, raios-X, partículas carregadas e plasma magnetizado.

Ainda segundo a publicação, nosso planeta não é atingido por uma tempestade solar desde meados do século 19. Por outro lado, isso não significa que cientistas e pesquisadores não estejam preocupados com uma futura possibilidade. Afinal, normalmente, uma tempestade solar começa com uma labareda solar.

Para quem não sabe, uma labareda solar é uma gigantesca explosão na superfície do sol, que envia energia e partículas para o espaço. Explosões de classe C, que são consideradas pequenas e fracas demais para afetar a Terra, ocorrem o tempo todo. Essas, nesse ínterim, não são o que fazem os cientistas perderem o sono.

As que deixam os pesquisadores preocupados, e de pernas bambas, são as explosões de classe X. Essas, sim, são as maiores. É raro, mas quando ocorrem, liberam o equivalente a até um bilhão de bombas de hidrogênio em energia.

Mas, afinal, como é uma tempestade solar?

Uma equipe de cientistas da Universidade de Helsinque utilizou dados, coletados pela missão Cluster da Agência Espacial Européia, que consiste em quatro naves na órbita terrestre, para investigar o magnetismo do nosso planeta, para mapear a “canção misteriosa”, que soa da Terra quando bombardeada eletricamente por partículas carregadas do sol.

Na verdade, a “música” é resultado de ondas geradas no campo magnético, que foram convertidas em áudio e, assim, forneceram sons bastante curiosos. A pesquisa, em si, poderia nos ajudar a entender os distúrbios no clima espacial e como eles afetam a tecnologia em terra e no espaço. Também poderia nos ensinar sobre os campos magnéticos dos exoplanetas distantes, e como eles são afetados pela estrela-mãe.

A equipe estudou os foreshocks, as regiões em que as partículas da tempestade solar atingiram primeiro ao se aproximar da Terra. Descobriu-se, então, que as ondas magnéticas liberadas eram muito mais complexas do que se pensava inicialmente.

“Sempre esperamos uma mudança na frequência, mas não nesse nível de complexidade”, afirmou o líder da equipe Lucile Turc, da Universidade de Helsinque, Finlândia, em comunicado oficial.

Os cientistas então transformaram essas ondas magnéticas, em sons audíveis, resultando em bipes e bloops, com sons alienígenas. A gravação foi possível porque, durante a missão, os ventos solares possuem partículas liberadas pelo Sol e que fluiram para outras partes do Sistema Solar.

A pior parte dessa brincadeira é que os cientistas não podem prever quando o sol vai entrar em erupção e provocar uma tempestade solar de classe X. Só sabemos que as explosões têm a ver com as perturbações no campo magnético da estrela, que oscila ao longo de um ciclo de cerca de 11 anos.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos


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