Demostrando maturidade nas composições e também na sonoridade, a Vladvostock salva o seu fim de ano com um EP sincero e profundo.

Após o experimental EP de estreia, lançado em 2015 sob o titulo de “Pompeia”, a banda paulistana Vladvostock apresenta o seu mais novo trabalho, que vem carregado de uma sonoridade imprevisível e inconstante, batizada por seus três integrantes como “Morph Rock”, ou rock metamorfo.

“Destudo” surge das entranhas de Rubens Adati (Guitarra e Vocal), João Schatzer (Baixo) e Vitor Albuja (Bateria). Os rapazes trabalharam em cima de quatro canções que pudessem falar sobre os prefixos “des” presentes em suas respectivas vidas. O EP sai em parceria com dois selos: Banana Records e Cosmoplano Records, ambos sediados fora de São Paulo, para o vocalista Rubens são os mais acolhedores. “Isso é interessante. Talvez não tenhamos procurado direito também, mas sei lá, o Nordeste tem uma cena maravilhosa que merece mais valor do que recebe”.

“Despreparado”, “Descrente”, “Desprendido”, “Desinteressado” e outros infinitos “Des” da língua portuguesa são o prenuncio de algo negativo, alguns outros tem um significado positivo. Com essa ideia na cabeça surgiram estas quatro faixas presentes no segundo EP.

O primeiro single foi a canção “Ânsia”, a faixa que abre o trabalho saiu em novembro (Pacóvios) e deixou a galera esperando até agora passar “essa ânsia de te ver”, mas pelo visto não rolou mesmo. As demais acabam de ir ao ar, lançamento sai com exclusividade pelo site Noisey.

“Céu”, é a segunda faixa e vem carregada de uma falsa esperança, riffs instigantes e chama a atenção pela letra curta e instrumental em destaque. Na sequencia “Piranha”, a faixa é inteiramente instrumental e conta com as percussões deFernando Altenfelder, essa te engana de forma despretensiosa, típica canção que não precisa de letra para emocionar. “Destudo” termina com a canção “Ela”, nesta faixa Popoto Martins, vocalista da banda Raça, se junta ao trio para a música mais rápida do trabalho.

Ficha técnica do EP “Destudo”:

Gravado: Home estúdio de Ablan Namur, com exceção das baterias, gravadas no home estúdio de Rubens Adati;

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