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Após divulgar o bem recebido disco de estreia, “muda” (2016), e excursionar levando suas músicas por apresentações em São Paulo e Minas Gerais, goldenloki chega ao final de 2017 atingindo um novo patamar em seu amadurecimento como banda, isto engloba desde a gravação até a produção de shows dentro e fora de sua cidade natal. “Largado na Existência”, seu segundo disco cheio, sai numa parceria com o selos Cavaca Records (SP) e Valente Records (RJ), sendo inteiramente gravado pela banda no estúdio Mameloki.

 

“Largado na Existência” é a constatação do quinteto – formado por Otto Dardenne (voz/guitarra), Yann Dardenne (baixo), Thales Castanheira (guitarra), Leo Arruda (bateria) e Christiano Tavares Kuntz (guitarra) – de que todos vivemos em estado de inércia, sendo levados e nos dividindo entre nossos instintos e pressões sociais num paradoxo entre ser dono de si e parte do mundo.

 

A origem das sete músicas, sendo seis inéditas, que goldenloki apresenta em “Largado na Existência” se deu no segundo semestre de 2015. Em 2016, após o lançamento do primeiro disco, deram continuidade ao trabalho que já estavam produzindo antes. O quinteto se isolou da nóia urbana por 20 dias em uma fazenda, sem internet ou telefone celular e com um Nintendo 64, seus instrumentos e um gravador, aproveitaram o momento para conviver e tocar apenas músicas criadas ali, assim as faixas de “Largado na Existência” poderiam maturar para que na volta a São Paulo pudessem ser repensadas. O processo de gravação do disco recomeçou em 2017.

 

Goldenloki concebe seu segundo disco unindo uma dose de autoanálise à semelhanças de pensamento que encontraram na essência do kraut, como repetições, liberdade musical e simplicidade. O álbum é carregado de constatações sobre a sociedade virtual, que passa o tempo ansiando por um uma notificação no celular, repetindo dia após dia o mesmo roteiro. O instinto animal que induz ao conflito entre a intuição humana e a moralidade, e também um relato sobre efeito tartaruga, aquele momento que você entra pro seu próprio casco, se desliga do ambiente e passa a não reparar no que acontece ao seu redor, ligando um modo automático. Uma mistura minimalista e barulhenta de garage, kraut e lo-fi.

 

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Fonte: Observatório do cinema


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